O Passeio de Trem Curitiba-Morretes é um dos mais famosos passeios de bate e volta  a partir da capital. Embarque nesta jornada histórica e cultural na serra paranaense!

A jornada pela tradicional estrada de ferro entre Curitiba e Paranaguá conta muito da trajetória e do desenvolvimento desta região do estado do Paraná enquanto oferece um show de paisagem.

 

Passeio de trem Curitiba-Morretes

 

Durante o percurso você terá a chance de conhecer a maior área contínua preservada de Mata Atlântica do Brasil. Passará, também, por rios, pontes, vales e montanhas.

E, finalmente, terá a oportunidade de visitar a pequena e pacata Morretes,  que se tornou um dos destinos mais visitados do Paraná por conta deste trajeto ferroviário.

 

Como fazer o passeio de Trem Curitiba-Morretes?

 

O ideal é fazer o passeio de trem entre Curitiba e Morretes somente em um dos sentidos. Isto porque o trajeto dura 4 horas, o que inviabiliza fazê-lo nos dois sentidos em um único dia.

Então, você precisa decidir se quer embarcar em Curitiba ou em Morretes.

Entretanto, qualquer que seja a sua escolha, você deve ter em mente que se comprar apenas o bilhete do trem, a outra parte do percurso terá que ser organizada por você.

Então, precisa ver se a economia vai compensar o trabalho!

Alternativamente, você pode comprar o Pacote Pôr do Sol e ter o trecho rodoviário fornecido pela empresa responsável pelo serviço.

O embarque em Curitiba acontece sempre às 9:00 da manhã. Já o embarque em Morretes, ocorre sempre às 15:00.

Nas duas opções há vantagens e desvantagens. Se você optar por embarcar no trem em Curitiba e pegar o transporte rodoviário para a volta, chegará a Morretes por volta da hora do almoço e poderá passar mais tempo na cidade.

Por outro lado, se você pegar o trem em Morretes, conseguirá apreciar o pôr do sol ao chegar ao Planalto de Curitiba.

 

 

Onde pegar o Trem Curitiba-Morretes?

 

O embarque para Morretes acontece no terminal rodoferroviário de Curitiba, que fica bem no centro da cidade.

Pode parecer estranho, mas o terminal ferroviário fica no mesmo terminal de ônibus da cidade.

Você encontra o guichê da companhia Serra Verde Express facilmente neste terminal multiuso.

Já o embarque em Morretes acontece na própria estação ferroviária da cidade. O centrinho é bem compacto e não tem como se perder por lá.

 

Créditos da foto: Ana Paula Landeiro

 

Um detalhe importante é que o processo de embarque em Morretes começa uma hora antes de o trem sair.

Portanto, se você optar pelo Passeio ao Pôr do Sol, melhor ficar de olho no relógio, pois só há uma saída diária.

 

Passeio de Trem Curitiba-Morretes: o que esperar?

 

O passeio que fiz foi um pouco diferenciado, pois eu estava em um encontro da RBBV (Rede Brasileira de Blogueiros de Viagem).

Então, houve alguns diferenciais, se comparado ao passeio de trem Curitiba-Morretes padrão.

Entretanto, algumas dicas se aplicam a qualquer que seja a sua escolha, pois o trajeto e o local visitados são os mesmos.

Partimos da rodoferroviária de Curitiba a bordo de uma van da empresa Serra Verde Express.

O percurso de van até Morretes estava estimado em uma hora e meia.

Contudo, com a forte neblina do dia e uma parada para visitar o parque temático Paraná Encantado Hisgeopar, a viagem durou um pouco de duas horas e meia.

 

O trecho de trem Curitiba-Morretes

 

O passeio de trem Curitiba-Morretes é feito à moda antiga, pois é um percurso ferroviário pela centenária estrada de ferro.

Além disso, acontece em um trem inaugurado pela Princesa Isabel no ano de 1884.

O passeio dura cerca de 4 horas, apesar de a distância entre Morretes e Curitiba ser de aproximadamente 67 quilômetros.

Isto porque a antiga locomotiva, formada por 22 vagões, percorre o trecho em uma velocidade média de 35km/hora.

Entretanto, as belas vistas da Serra do Mar paranaense e o pôr do sol ao chegar ao planalto de Curitiba podem compensar o trajeto demorado.

 

Créditos da foto: Ana Paula Landeiro

 

Mais uma vez eu tenho que pontuar que é um passeio cansativo, pois não é fácil ficar sentado por tantas horas e sem muito entretenimento.

Há, sim, um guia que conta a história do trajeto histórico, mencionando fatos interessantes, mas é um longo período e pode se tornar meio enfadonho.

Talvez se este passeio de trem seguisse os moldes do Passeio de Maria Fumaça entre Bento Gonçalves e Carlos Barbosa, a experiência ficasse mais interessante, pois teria o show de paisagem aliado a um entretenimento.

Acho que agregaria muito valor ao trajeto se houvesse umas paradas para embarque de artistas ou músicos, para entreter os passageiros.

Além das explicações do guia e de um lanchinho entregue durante o caminho, o restante é só observar pela janela. Então, sinceramente, depois da primeira hora, é só mais do mesmo.

Há, sem dúvida, uns pontos altos durante o percurso: passar pelas pontes altas estreitas, observando um desfiladeiro aos seus pés, é um deles. 

Assim como a chegada a Curitiba ao entardecer. As luzes do sol se pondo tornam a paisagem composta de araucárias e pinheiros muito especial!

 

O que fazer em Morretes?

 

Morretes é uma pequena cidade que ganhou este nome devido aos pequenos morros que circundam a sede municipal.

Com seus pouco mais de dezesseis mil habitantes, e um centrinho bem compacto, a cidade emana paz e tranquilidade.

 

Centro histórico da cidade de Morretes no Paraná

 

E como uma típica cidadezinha do interior, seu grande charme é a coleção de casarios bem conservados, espalhados pelas ruas de paralelepípedo históricas.

Ali você vai encontrar várias lojinhas e uma feirinha de artesanato, assim como a Cachaçaria Morretes e a Igreja Matriz Nossa Senhora do Porto.

 

Créditos da foto: Ana Paula Landeiro

 

Almoço no Restaurante Madalozo

 

Em Morretes, uma boa opção de almoço é o Restaurante Madalozo.

Ali você poderá conferir o delicioso e autêntico barreado, entre outros pratos saborosos.

O barreado é um prato típico paranaense. Feito à base de carne bovina, ele demora cerca de 12 horas para ser preparado, pois o cozimento é feito lentamente em panelas de barro.

 

Créditos da foto: Julia Sampaio

 

Talvez você ache a aparência meio duvidosa, pois a carne extremamente cozida adquire uma consistência de “papa”, angu” ou algo do gênero. Entretanto, se você superar esta primeira impressão, verá que é uma verdadeira iguaria!

O Barreado leva bacon e temperos na sua composição e é finalizado com farinha. Como acompanhamentos, vem batatas fritas, arroz, maionese e banana frita recheada. É uma refeição bem farta.

Além do buffet variado, o restaurante tem um ambiente bem agradável e uma vista muito bonita para o rio Nhundiaquara.

 

almoço no Restaurante Madalozo durante o Passeio de trem Curitiba-Morretes

 

Visita ao Paraná Encantado Hisgeopar

 

O Hisgeopar é um pequeno museu, localizado já em Morretes,. Suas maquetes e bonecos em movimento, contam a História da colonização e do desenvolvimento do estado do Paraná, desde a época dos índios até o fim de Sete Quedas.

Ali, encontram-se, também, maquetes das principais construções do estado. Eu, honestamente, não achei nada demais na atração.

Contudo, esta é uma questão muito pessoal. Se você estiver viajando com crianças, pode ser uma visita interessante. Ou, ainda, se maquetes com movimentos for algo do seu interesse.

 

Visita ao Paraná Encantado Hisgeopar durante o Passeio de trem Curitiba-Morretes

 

Normalmente, eu não gosto de falar negativamente de algum ponto turístico porque tudo vai da expectativa de cada um.

Já visitei parques temáticos de miniaturas como o Mini Mundo e o Mundo a Vapor, ambos na Serra Gaúcha, e gostei bastante.

De modo que talvez eu não tenha apreciado o Hisgeopar porque sua estrutura externa ainda estava inacabada. Consequentemente, isso pode ter causado minha impressão ruim.

De qualquer forma, a visita ao parque é algo à parte, que você só vai fazer se quiser.

 

Agradecimentos

 

O passeio de trem Curitiba-Morretes, a visita ao Paraná Encantado Hisgeopar e o almoço no Restaurante Madalozo foram cortesias oferecidas a todos os blogueiros que participaram do segundo encontro da RBBV.

Entretanto, apesar das parcerias, todas as opiniões e impressões expressam genuinamente a minha experiência.

Agradeço, também, às amigas blogueiras Julia Sampaio e Ana Paula Landeiro, autoras dos blogs Fora da Toca e Até Onde Eu Puder Ir, cujas fotos ilustraram este post.

 

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