O Jardim Botânico do Rio de Janeiro é uma das mais lindas e bem preservadas áreas verdes da Cidade Maravilhosa e um convite para a contemplação de milhares de espécies vegetais brasileiras e internacionais.
Localizado em um ponto nobre do bairro de mesmo nome, na Zona Sul da cidade, o Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro – ou simplesmente Jardim Botânico – possui uma enorme importância histórica, arqueológica e científica.
Ao mesmo tempo em que figura como um dos mais relevantes espaços de lazer para a população carioca e visitantes em geral.
A importância do Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Diferentemente de alguns grandes parques espalhados pelo Brasil, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro é uma referência mundial quando o assunto é Botânica.
Para um visitante desavisado, a gigantesca área de 54 hectares pode parecer apenas mais uma entre as várias opções de Ecoturismo do Rio de Janeiro.
Entretanto, o Jardim Botânico possui uma importância significativa para vários campos de pesquisa.
Afinal, além de monumentos de valor histórico, arqueológico e artístico, a instituição possui a maior biblioteca especializada em Botânica do país, com mais de 32 mil volumes.
Além disso, possui também, o maior herbário do Brasil, com mais de 600 mil amostras desidratadas (dados de 2014).
Esse é um número crescente, pois cerca de 20 mil amostras completamente informatizadas e disponibilizadas ao público são incorporadas a cada ano.
A evolução do Jardim Botânico do Rio de Janeiro
A origem oficial do Jardim Botânico do Rio de Janeiro data de um decreto de 13 de junho de 1808 do então príncipe regente Dom João VI, apenas alguns meses após a transferência da sede do poder português para o Brasil.
A ideia era criar um Jardim de Aclimatação para algumas espécies vegetais vindas das Índias Orientais, como a noz-moscada, a canela e a pimenta-do-reino.
Com o passar do tempo, outras espécies vegetais foram sendo acrescentadas à coleção que, atualmente, conta com mais de 6.500 espécies nativas ou importadas.
O acesso público ao Jardim Botânico, contudo, só foi liberado com a proclamação da independência do Brasil, em 1822.
Um fato curioso é que o Jardim Botânico recebeu esta denominação em 1890, apenas um ano após a Proclamação da República.
E de lá para cá, ele foi tombado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em 1937 e elevado à categoria de Reserva da Biosfera pela UNESCO em 1991.
Resumindo: o Jardim Botânico do Rio de Janeiro não é apenas uma bela atração turística, mas um centro de referência para estudos botânicos de toda a sorte.
Não é à toa que já atraiu muitos visitantes ilustres. Entre eles, figuram o físico Albert Einstein e a Rainha Elisabeth II do Reino Unido.
O que esperar de sua visita ao Jardim Botânico do Rio de Janeiro?
Seja você alguém profundamente ligado à Botânica ou um simples mortal, que assim como eu aprecia o belo, o que não vai faltar é cenário bonito para se encantar e se esbaldar de tirar fotos incríveis!
Afinal, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro reúne cenários incríveis, dignos de filme!
Como ele é muito grande, ele é todo segmentado por “aleias”, ao invés de ruas, pois quase todos caminhos lá dentro são ladeados de árvores.
Além disso, dentro do imenso complexo, há quatro lagos, seis jardins temáticos, estufas, café etc. Em suma: é uma atração que vai ocupar pelo menos um período do seu dia.
Portanto, vá sem a menor pressa, a fim de aproveitar bem um dos mais belos cartões-postais do Rio de Janeiro.
É possível que apenas uma visita não seja o suficiente para desfrutar tudo o que o Jardim Botânico tem a oferecer.
Afinal, este tipo de atração convida você a fazer um passeio mais relaxado, contemplativo e com ritmo lento.
De modo que eu aconselho você a priorizar os setores que mais lhe interessam, pois acaba sendo cansativo andar de um lado para outro lá dentro.
A verdade é que uma única visita não esgota todas as possibilidade de lazer que o Jardim Botânico oferece.
Inclusive, é por este motivo que muitos moradores do bairro costumam usar o complexo como uma referência de lazer frequente.
Sem dúvida, a graça de visitá-lo é, justamente, aproveitar suas alamedas frescas, com sombra e de lindo visual para fugir do ritmo frenético de uma metrópole.
Os espaços de visitação do Jardim Botânico do Rio de Janeiro
É natural que um espaço de 540 mil metros quadrados seja segmentado. De modo que o Jardim Botânico do Rio de Janeiro está divido em vários setores. A saber:
- Centro de visitantes
- Loja da AABB (Associação de Amigos do jardim Botânico)
- Casa dos Pilões
- Arboreto
- Cactário
- Bromeliário
- Estufa do Mestre Valentim (samambaias)
- Ateliê do Mestre Valentim
- Parque Infantil
- Garden Café
Como é impossível detalhar todos os espaços do Jardim Botânico em um único post, tentarei fazer um resumo daqueles que considero os mais relevantes para quem visita pela primeira vez.
Arboreto
Composto por mais de nove mil espécies vegetais, distribuídas em ecossistemas brasileiros e de outros países, o arboreto é o conjunto de instalações do Jardim Botânico em si.
Ele está inserido em uma área de 54 hectares de Mata Atlântica, subdivida em 197 canteiros, 4 lagos artificiais e estufas que incluem um orquidário, um bromeliário e um cactário.
Além disso, é composto por seis jardins temáticos:
- Roseiral
- Medicinal
- Sensorial
- Bíblico
- Japonês
- Beija-flores
Orquidário
Ambientado em uma estufa construída no final do século XIX, o orquidário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro abriga mais de 7.300 espécimes (dados de 2020), a maioria composta por espécies nativas. Aliás, esta estufa de vidro é o ícone do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Cactário
O início da coleção data de 1912. Atualmente, cerca de 400 espécies de cactos compõem o acervo, sendo 64 delas ameaçadas de extinção.
A vasta coleção está distribuída em 5 estufas, canteiros temáticos e pérgolas.
Bromeliário
A coleção de bromélias do jardim Botânico do Rio de Janeiro é imensa e centenária. Cerca de quinze mil bromélias estão distribuídas em duas grandes estufas e pelos canteiros do arboreto.
Além disso, a estufa principal (também conhecida como bromeliário), inaugurada em 1975, homenageia o artista plástico e paisagista Roberto Burle Marx.
Aliás, o sítio do artista localizado na Zona Oeste do Rio de Janeiro é outro ponto turístico imperdível para apaixonados por paisagismo. E você pode conferir todas as dicas para visitá-lo em outro post aqui do blog.
Loja da AAJB
A loja da AAJB (Associação de Amigos do Jardim Botânico) localiza-se em uma casa colonial (a mais antiga residência do Rio de Janeiro) e reúne livros, artesanato e lembranças do Rio.
Os itens de artesanato à venda são confeccionados a partir do reaproveitamento de materiais e de forma sustentável.
Parque Infantil
Localizado nas ruínas da antiga Fábrica de Pólvora, é um espaço idealizado para crianças de até 10 anos e dispõe de brinquedos de madeira e caixa de areia. Além disso, disponibiliza mesas e bancos para lanches e banheiros.
Estrutura e Funcionamento do Jardim Botânico do Rio de Janeiro
O Jardim Botânico do Rio de Janeiro funciona todos os dias do ano, com exceção de 25 de dezembro e Primeiro de janeiro.
Entretanto, os horários variam: às segundas, o funcionamento é das 12:00 às 17:00. De terça a sábado, o funcionamento é das 08:00 às 17:00.
Para informações sempre atualizadas, o ideal é consultar o site oficial ou ligar para o Centro de Visitantes pelos telefones (21)3874-1808 ou (21) 3874-1214.
Centro de Visitantes
Localizado na entrada principal do Jardim Botânico, o Centro de Visitantes é uma atração em si e talvez você queira passar um tempinho por lá antes mesmo de começar sua exploração pelo gigantesco jardim.
Ali estão instalados o Museu do Meio Ambiente, uma exposição interativa que conta a história do Jardim Botânico e a loja de suvenires.
Ingressos
Por se tratar de um instituto de pesquisa (e não um parque público), o acesso ao Jardim Botânico do Rio de Janeiro é pago e descontos e gratuidades são aqueles aplicados por Lei.
De modo que a entrada inteira custa R$15,00 (valores de 2020) e a meia-entrada custa R$7,50. Confira todas as condições para descontos e gratuidades no site da instituição.
Acessos
- Rua Jardim Botânico, 1008 (acesso de veículos em casos especiais*)
- Rua Jardim Botânico, 920 – somente pedestres
- Rua Pacheco Leão, 101 – somente pedestres (temporariamente fechado**)
- Rua Pacheco leão, 915 – somente pedestres (temporariamente fechado**)
*A entrada principal do Jardim Botânico disponibiliza bicicletários e estacionamento exclusivo para pessoas com severas deficiências de locomoção (apenas veículos adesivados).
*A entrada de carros para embarque e desembarque de pessoas com dificuldades de locomoção (deficientes, idosos e grávidas) também é permitida.
** Acessos temporariamente fechados devido às medidas restritivas para conter a transmissão do Coronavírus.
Estacionamento
O Jardim Botânico do Rio de Janeiro não possui estacionamento para visitantes. Contudo, na Praça Santos Dumont, existe o sistema de estacionamento rotativo, oferecido pela Prefeitura.
Mas é importante ressaltar que as vagas são limitadas e é necessário adquirir o tíquete no local com um vendedor credenciado.
Portanto, a melhor alternativa para quem vai de carro é estacionar no Jóquei Clube, que fica na Praça Santos Dumont, bem próximo à entrada principal do Jardim Botânico.
Inclusive, os visitantes do Jardim Botânico têm desconto. Basta pedir o selo de estacionamento na bilheteria do Jardim e apresentá-lo junto com o ingresso quando for pagar o estacionamento.
Acessibilidade
O Jardim Botânico do Rio de Janeiro possui uma acessibilidade razoável para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida, apesar de haver alguns declives e terrenos irregulares, com calçamentos de pedra ou terra batida.
Há carrinhos elétricos para transporte de visitantes. Entretanto, a utilização dos mesmos está suspensa por conta da pandemia de Coronavírus.
Visitas temáticas
O Jardim Botânico do Rio de Janeiro oferece a possibilidade de você realizar algumas visitas temáticas, que são auto-guiadas.
Elas são trilhas interpretativas, com percursos que abordam temas como os monumentos arquitetônicos e artísticos espalhadas pelos jardins ou as árvores nobres da coleção, por exemplo.
Para percorrê-las, você pode usar um dos folhetos disponíveis no Centro e Visitantes ou pode baixar e imprimir um dos roteiros disponíveis em PDF no site do jardim Botânico.
Inclusive, você também pode baixar o aplicativo do Jardim Botânico, disponível para iOS e Android no seu smartphone e seguir as trilhas recomendadas.
Dicas para uma experiência incrível no Jardim Botânico
Bem, por mais que eu tenha ofereça sugestões sobre a melhor maneira de explorar o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, é você que vai definir o ritmo, o tempo que ficará por lá e os ambientes que visitará. Afinal, um local como esses acaba facilitando uma experiência intuitiva.
O mais importante de tudo será curtir o momento, caminhar por cenários exuberantes, sentir o aroma das flores e tantas outras oportunidades que um jardim encantador desses proporciona.
Mas, não custa nada relembrar que você estará em um ambiente de Mata Atlântica, com uma rica fauna e flora compondo cada centímetro da atração. Então, lógico que o ideal é aplicar repelente e usar roupas e calçados confortáveis.
Além disso, não esqueça dos cuidados com o sol, que no Rio de janeiro costuma ser tórrido! Então, protetor solar, óculos de sol e um boné ou chapéu serão ótimos companheiros de aventuras!
Do mais, prepare-se para se apaixonar por um dos cartões-postais mais lindos da Cidade Maravilhosa.
Por conta da pandemia do Coronavírus, todas as atrações do Rio de Janeiro precisaram se adequar a fim de receber de maneira segura os visitantes. Caso você tenha dúvidas quanto à visitação, leia as regras de visitação elaboradas pela administração do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
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