O que fazer em Roterdã em apenas 1 dia? Saiba quais são as atrações que não podem faltar no seu roteiro, mesmo que ele seja bem enxuto! Aproveite, também, as dicas de como chegar, onde comer bem e barato, onde fazer boas compras etc.
Esqueça todos os estereótipos e ideias pré concebidas que constituem o imaginário popular da Holanda das tulipas, das casinhas estreitas, dos tamancos de madeira e dos moinhos de vento.
Claro que você vai encontrar esses cenários por todas as regiões dos Países Baixos. Entretanto, existe um lado cosmopolita e super moderno, encontrado principalmente nas principais cidades do país.
E, indiscutivelmente, Roterdã está no topo da lista quando o assunto é diversidade cultural e arquitetônica.
Então, vale a pena separar pelo menos um dia do seu roteiro na Holanda para conhecer este lado moderno e inusitado deste surpreendente país.
Roterdã e sua importância econômica e política
Roterdã até poderia ser considerada uma cidade de médio porte se estivesse localizada no Brasil.
Entretanto, juntamente com a área metropolitana de Haia, ela ocupa o primeiro lugar em termos de concentração populacional no país e a décima posição dentro da União Europeia.
E um fato curioso é que entre seus pouco mais de 651 mil habitantes (dados de 2020), encontram-se 180 nacionalidades.
Isto faz de Roterdã uma incrível e diversificada colcha de retalhos.
Basta entrar em qualquer transporte público para se fazer uma verdadeira imersão no grande mosaico humano que é a cidade.
Situada na província de Zuid-Holland (Holanda do Sul), mais precisamente na foz do canal Nieuwe Maas, ela é um ponto estratégico de comunicação com o Mar do Norte.
Não é à toa que ela foi fundamental para o comércio da Companhia das Índias Orientais Holandesas e que é a sede do maior porto marítimo da Europa.
Esses e muitos outros aspectos fazem com que Roterdã seja essencial para a economia nacional e europeia.
E naturalmente que toda essa relevância social, econômica e política acaba gerando uma enorme efervescência cultural, fomentada por uma das maiores universidades do país e pelos museus e instituições de grande importância mundial.
O que você não pode deixar de fazer em Roterdã?
Não, você não leu errado! Este post não tem como abordar tudo o que você pode fazer em Roterdã.
Principalmente, se você só puder dedicar um dia a esta cidade que, literalmente, ressurgiu das cinzas.
Afinal, ela foi duramente bombardeada pelos alemães durante a Segunda Guerra Mundial (e, também, a gota d’água para o ingresso da Holanda na mesma!).
Talvez a destruição quase que total do centro de Roterdã seja o principal motivo pelo qual ela tem uma arquitetura tão diferente da encontrada no restante da Holanda.
Nas décadas que se seguiram ao grande conflito, mais do que ser reconstruída, Roterdã começou a ser reinventada.
Houve um forte movimento entre renomados arquitetos e o poder público para colocar em prática projetos que deixassem para trás aqueles anos de desolação.
Assim, mil e uma ideias contemporâneas, coloridas e com um apelo de mudança radical pipocaram pela cidade.
E a concretização dessas ideias pode ser conferida em um tour pelos principais monumentos e centros culturais da cidade.
Então, aqui vai a minha listinha do que você não pode deixar de ver em Roterdã:
- Centraal Station
- Casas Cubo
- Markthal
- Euromast
- Kunsthal Rotterdam
- Erasmusbrug
Tratarei resumidamente de cada um mas, posteriormente, você pode conferir os outros posts completos sobre alguns deles aqui no blog.
A estação central de Roterdã
A Rotterdam Centraal Station ou, simplesmente, estação central de Roterdã, é muito mais do que apenas um dos acessos terrestres à cidade. Ela é um dos principais cartões-postais da cidade.
Novamente, é impossível falar de Roterdã sem mencionar os impactos da Segunda Guerra Mundial.
Contudo, nos anos que precederam à guerra, a cidade não tinha uma estação central. Alternativamente, ela era servida por quatro estações ferroviárias menores.
Uma dessas estações foi severamente destruída durante o bombardeio a Roterdã. De modo que ao lado dela, foi construída a estação que, possivelmente, será a primeira atração que você vai ticar ao chegar à cidade.
Não é exagero meu dizer isso, já que o transporte ferroviário é a melhor maneira de se locomover entre as cidades holandesas.
Quando eu cheguei à Holanda, em 2008, a obra de reconstrução que havia começado em 2004 ainda estava em andamento.
Eu pude acompanhar parte do processo, pois o consulado brasileiro fica colado à estação De Roterdã.
Então, toda vez que eu precisava resolver alguma questão consular, eu via os progressos.
Foi muito emocionante ver o resultado final. E, confesso, ainda me comovo toda vez que tenho a chance de voltar à cidade.
Muito bem, mas saudosismos à parte, Roterdã, assim como outras grandes cidades da Europa, oferece uma estação daquelas de cair o queixo.
Super organizada, apesar de frenética, e com uma enorme variedade de lojas e opções gastronômicas. Você tem a sensação de estar em um shopping center.
Casas Cubo
Sem dúvida algumas, as Casas Cubo são uma das minhas atrações preferidas em Roterdã e sobre as quais eu já publiquei um post com todos os detalhes aqui no blog.
Trata-se de uma vila formada por 38 casas em formato de cubos incrivelmente inclinados a 45 graus.
E se você acha que morar em uma delas é algo exótico ou alternativo, uma visita ao interior de uma delas vai lhe provar que elas acomodam muito bem seus ocupantes. Inclusive, uma delas foi transformada em um hostel!
Já imaginou se hospedar em uma acomodação tão inusitada assim? Eu ainda não tive a oportunidade, mas está na minha wish list!
Markthal
Um empreendimento relativamente novo (inaugurado em 2014) e que eu tive a oportunidade de conferir no primeiro final de semana. Lotadérrimo, pois era super novidade até mesmo para os holandeses!
Eu já falei com mais detalhes sobre ele em outro post aqui do blog, pois ele é um lugar imperdível em Roterdã.
Trata-se de um grande centro gastronômico, repleto de stands com produtos frescos e variados, além de restaurantes com culinária de vários países.
Ele até poderia ser mais um mercado central, como tantos outros que existem pela Europa. Não fosse a sua arquitetura, extremamente cosmopolita e. Ao mesmo tempo, diferenciada.
Olhando de fora, talvez ele não parece tão inusitado assim, mas uma vez que você esteja do lado de dentro, vai compreender melhor sua complexa estrutura.
A parte comercial do Markthal, que lembra um amplo túnel, na verdade é o interior de um moderno e arrojado complexo residencial, com apartamentos de um, dois ou três dormitórios.
É, realmente, incrível observar a criatividade e a ousadia dos arquitetos holandeses quando o assunto é inovação!
Euromast
A Euromast é uma das muitas atrações modernas que podem ser conferidas em vários pontos da cidade.
O que lhe torna especial é o fato de ser uma torre de 186 metros de altura e com um observatório circular que possibilita ter uma visão 360 graus de Roterdã.
Em um país com uma arquitetura tão singular, e cujas edificações mais emblemáticas possuem (via de regra) de três a quatro andares, uma construção deste porte impressiona.
Principalmente porque a partir de seu observatório é possível conferir, também, outros arranha-céus que compõem a paisagem deste grande centro urbano.
Inclusive, você sabia que é em Roterdã que está localizado o mais alto edifício residencial da Holanda? O mesmo acontece com o mais alto complexo empresarial.
Em um país em que as enormes pás dos moinhos se destacam na paisagem, Roterdã oferece um contraponto, com ares de modernidade e progresso!
Se você ficou com vontade de conferir a Euromast, tem um post completo com todas as dicas aqui no blog!
Museumpark
Assim como Amsterdã tem a Museumplein – a emblemática praça onde estão concentrados alguns dos mais importantes museus da cidade – Roterdã tem o Museumpark. Trocando em miúdos: o parque dos museus.
Trata-se de uma área verde agradabilíssima, que vale a pena conferir. Ainda que você resolva não entrar em nenhum dos vários museus ali presentes.
Esta área é, inclusive, um refúgio tranquilo em meio à agitação do centro da cidade. Não é raro você encontrar grupos de jovens fazendo uma pausa ao sol entre uma aula e outra. Afinal, Roterdã é um dos grandes centros universitários do país.
Há grandes e importantes museus nesta região. Eu, particularmente, gosto demais do Kunsthal, tanto por sua arquitetura eclética, quanto pelas exposições que ele promove.
Como não há um acervo permanente, sempre há algo novo a ser conferido, pois o museu abriga cerca de 20 exposições diferentes por ano.
Entre várias exposições, pude conferir as de esculturas hiper-realistas, que me impressionaram muito. Principalmente, pela riqueza de detalhes e semelhança com pessoas reais.
Muito diferentes de muitos bonecos de cera toscos que encontramos por aí, tentando “personificar” celebridades!
Outro museu bem interessante é o Boijmans Van Beuningen.
Ali você encontra um acervo permanente que inclui grandes nomes da pintura holandesa e internacional. Inclusive, o icônico “Torre de Babel”, do artista Pieter Bruegels.
Erasmusbrug
Inaugurada pela (então) Rainha Beatrix em 1996, a Erasmusbrug (a ponte Erasmus) conecta as zonas Norte e Sul de Roterdã.
Bem parecida com a ponte estaiada de São Paulo ou com a da entrada da Barra da Tijuca no Rio de Janeiro , ela poderia ser apenas um acesso entre duas partes de uma grande cidade.
Entretanto, acabou se popularizando com uma das mais famosas da Holanda. É fácil entender os porquês.
Com seus 802 metros de comprimento e 139 metros de altura, ela impressiona pela imponência.
Além disso, os 32 cabos com os quais ela é suspensa, acabam proporcionando um espetáculo à parte. Esteja você observando do alto da Euromast ou de dentro de uma embarcação que navegue pelo rio Maas.
“The Swan” (O cisne), como foi apelidada por sua elegância e porte, impressiona quem a observa de perto ou longe
E faz chorar quem passa por ela correndo em pleno inverno holandês. Sim, ela é parte do percurso de 16km da prova de rua Brugenloop (“A Corrida da Ponte”, em tradução livre), que acontece todos os anos no mês de dezembro.
Eu tive a oportunidade de participar dessa corrida e é muito emocionante olhar Roterdã sob essa perspectiva.
A maratona de Roterdã também a inclui no percurso e, como acontece na primavera, a temperatura já está bem mais amena!
Extras em Roterdã
Eu teria material para fazer um e-book sobre tudo o que há para fazer em Roterdã. Tamanha quantidade e a variedade que a cidade tem a oferecer!
É impossível aproveitar tudo o que ela tem a oferecer, ainda que você passe um mês por lá.
Então, o ideal é que você priorize aquilo que é imperdível de acordo com os seus gostos e interesses.
Outras atrações interessantes são o Museu Marítimo, o estádio do Feyenoord (onde jogou Romário), o Miniworld Rotterdam, entre tantas outras opções.
Mas, mesmo que você não consiga passar muito tempo em Roterdã, ainda assim vai conseguir captar a atmosfera vibrante e contemporânea desta parte da Holanda.
E se você quiser conferir a Holanda tradicional nas redondezas, isso é totalmente possível.
Afinal, o famoso “parque dos moinhos” holandês, o Kinderdijk, fica a apenas 15 quilômetros de distância de lá.
Outras cidades europeias que você não pode perder!
Sem dúvida alguma que a Europa tem uma gama de cidades incríveis para você conhecer. Então, eu lhe convido a conhecer o trabalho de algumas amigas blogueiras, que escreveram sobre o que fazer em algumas das cidades mais surpreendentes do Velho Continente.
A Lilian Azevedo, autora do blog Uma Senhora Viagem, fez uma excelente compilação sobre as opções turísticas em Bruxelas, Bruges e Ghent, na Bélgica.
A Gisele Prosdocimi, autora do blog Destinos Por Onde Andei, deu dicas maravilhosas sobre o que fazer em Milão.
Finalmente, a Adelaide Pereira, autora do blog Turista Imperfeito, compartilhou dicas muito top para curtir Lisboa, se você só tiver um único dia.
Enfim, dicas e destinos não vão faltar! Pode ser que falte tempo ou dinheiro… mas isso já são outros quinhentos! Um dia de cada vez, uma viagem de cada vez… e bora percorrer o mundão!
Seu post, O que Fazer em Roterdã: Dicas e Principais Atrações, me deu uma saudade enorme de nossa viagem à Holanda. Passamos de trem por Roterdã, mas infelizmente não paramos para conhecer esta cidade incrível, hoje me arrependo demais.
Sou louca para conhecer a cidade e principalmente o famoso e maravilhoso Markthal, que é a atração que mais me surpreende e me encanta, adoraria conhecer realmente.
Fica para uma próxima oportunidade, como o Keukenhof, que estava fechado na época de nossa viagem; tenho ótimos motivos para retornar, rsrs. Beijos!
Gisele, minha querida, muito obrigada pela leitura e participação aqui no nosso post! Realmente, a Holanda é uma fonte inesgotável de surpresas e delícias. Vale muito a pena voltar… especialmente, para visitar o Keukenhof e Roterdã, duas atrações ímpares. Um grande beijo!
Regina, fiquei com muita vontade de voltar à Holanda depois de ler sobre o que fazer em Roterdã. As atrações citadas são maravilhosas. A primeira seria o Markthal pois amo mercados ainda mais com essa arquitetura diferente. A obra de Bruegels tb estaria incluída na minha lista. Obrigada por compartilhar informações que só mesmo uma moradora da Holanda poderia nos trazer
Lilian, minha querida, muito obrigada pela leitura e pelo seu feedback. Espero que você possa incluir Roterdã em sua próxima visita à Holanda, pois é uma cidade única: cosmopolita, diversificada, cultural e que, com certeza, surpreenderá até uma viajante bem vivida, como você. Grande beijo!
Olá, adorei. Roterdã é uma cidade arrojada e moderna que sempre sonhei em conhecer. O Markthal é maravilhoso.
Já adiei minha ida duas ou três vezes mas teu artigo confirmou mais uma vez que preciso planejar uns dias por lá. Quem sabe se esse ano vai dar!
Até a próxima!
Oi, Adelaide! Que bom que você ficou com vontade de voltar a Roterdã depois de ler o post! Depois, compartilha com a gente as suas dicas. Roterdã sempre vai ter algo novo a oferecer. Grade abraço!