O que fazer em Dublin, além de beber muuuita cerveja? Conheça as principais atrações da alegre e festiva capital da Irlanda e saiba todas as dicas para aproveitar ao máximo a sua estadia!
Se a primeira coisa em que você pensou ao planejar a sua viagem a Dublin foi uma visita à fábrica da Guinness, saiba que você não é um ser estranho e que, muito provavelmente, a gente vai se reconhecer na multidão.
Aliás, não só eu e você… mas, muito mais gente! Afinal, essa Stout de sabor marcante e inigualável tem seu “séquito” espalhado pelo mundo inteiro.
Então, confesso que o que me atraiu a Dublin foi fazer uma maratona pelos bares e conferir a Guinness Storehouse – para a qual eu dediquei outro post aqui do blog.
Entretanto, encontrei muito mais para fazer em Dublin. E preciso confessar que o roteiro de 3 dias, que eu havia pensado ser suficiente para desfrutar da cidade, acabou sendo muito pouco e deixou um gosto bem amargo de quero mais.
Vem comigo que vou te contar o que deu para fazer entre um pub e outro!
O que saber antes de ir para Dublin?
Apesar de a Irlanda do Norte ser parte do Reino Unido, a República da Irlanda ou, simplesmente, Irlanda (como comumente é chamada), é um país independente e sem vínculo com os demais.
Isto é uma primeira coisa muito doida se você está fazendo um mochilão e quer dar uma esticada a Dublin depois de visitar algumas cidades do país vizinho.
Ou, ainda, se está vindo do País de Gales, da Escócia ou da Inglaterra, por exemplo.
Tá, mas por que eu estou falando tudo isso? Porque se você estiver chegando de um dos países do Reino Unido, vai fazer imigração de novo, da mesma forma que faria ao retornar a qualquer outro país da União Europeia.
Além disso, a moeda nacional é o Euro. Agora, a melhor das notícias: o Inglês falado pelo irlandês é facílimo! Um sotaque muito mais fácil de compreender do que o britânico.
Espere encontrar uma cidade de astral leve e descontraído. Afinal, Dublin é considerada uma das capitais mais “jovens“ da Europa. Estima-se que 50% de sua população esteja abaixo de 25 anos.
Por outro lado, não tenha dúvida de que será possível conferir monumentos históricos e construções seculares. Inclusive, o manuscrito mais antigo da Irlanda encontra-se exposto em Dublin.
Então, você vai encontrar, como em muitas capitais europeias, um misto de modernidade e tradição.
Aliás, um fato bem curioso: Dublin é reconhecida como uma cidade global com ranking “alpha” e está entre as 30 mais globalizadas do mundo.
O que fazer em Dublin?
Fundada como um assentamento viking, a capital irlandesa foi o centro do Reino de Dublin e se tornou a principal cidade da ilha após a invasão dos Normandos em 1171.
Só aí, já dá para ter uma ideia do quanto se há para fazer em Dublin.
Seu crescimento acelerado no século XVIII contribuiu para que ela se tornasse a segunda maior cidade do império britânico e a quinta maior da Europa.
Não é de se estranhar que ela abrigue a mais antiga universidade da Irlanda e vários dos mais importantes museus do país.
Além disso, castelos, palacetes, construções e monumentos medievais estão espalhados por vários pontos da cidade. Em especial, no centro.
Inclusive, as atrações de Dublin são relativamente próximas umas das outras, o que facilita os deslocamentos.
Confira a seguir algumas das principais atrações:
- Universidade de Dublin (Trinity College)
- Castelo de Dublin
- Catedral da Santíssima Trindade
- Catedral de São Patrício
- Dublinia
- Temple Bar
- Museu Nacional da Irlanda
- Museu Irladês de Arte Moderna
- Galeria Nacional da Irlanda
- Cervejaria Guinness
- Antiga Destilaria Jameson
- Ponte The Ha’penny
- Estátua de Molly Malone
Universidade de Dublin (Trinity College)
A Universidade de Dublin, também conhecida como Trinity College, foi criada pela Rainha Elizabeth I da Inglaterra em 1592 e é a mais antiga da Irlanda.
Visitar o campus por si só já é uma experiência agradável, pois os lindos jardins já propiciam uma agradável experiência.
Você pode, ainda, conferir a antiga biblioteca. Ali se encontra o “Livro de Kells”, um manuscrito contendo os quatro Evangelhos do Novo Testamento e que foi escrito em Latim por monges celtas por volta do ano 800 d.C.
Eu optei por não fazê-lo, pois achei o ingresso um pouco caro. Na época era algo em torno de 12 euros.
Depois acabei me arrependendo, pois não é algo a ser feito duas vezes na vida e “Y.O.L.O.” (you only live once = você só vive uma vez). Mas, agora é tarde demais…
Embora me sirva de consolo pensar que apreciar os prédios em arquitetura gótica da universidade já fizeram a ida até lá valer a pena!
Castelo de Dublin
Já havia mencionado o Castelo de Dublin em um post que elaborei sobre os castelos que visitei pela Europa, sendo ele o único que eu não conferi por dentro!
Pois é, ele entra na longa lista das coisas que eu não consegui fazer em Dublin por pura falta de tempo.
Ou, ainda, porque a oferta de turismo etílico era tão grande que suplantou minha veia casteleira! E olha que se você acompanha o blog, sabe que eu amo uma realeza!
Mas, enfim, eu estava no modo pub crawling, acompanhada do meu marido, e acabamos frequentando mais as bandas do Temple Bar, sobre o qual falarei mais pra frente!
Dublinia e Catedral da Santíssima Trindade
Resolvi juntar as duas atrações porque, honestamente, observando à distância você não sabe muito bem onde uma acaba e a outra começa.
Dublinia é o nome dado ao museu que conta o início do assentamento do território de Dublin, descrevendo os hábitos, a cultura, as crenças e o modo de vida dos vikings.
É um museu extremamente instrutivo e interessante. Um dos mais surpreendentes que eu já visitei na vida, pois eu não fazia ideia dessa ancestralidade dos dublinenses.
E como a gente nunca pesquisa tudo antes de uma viagem, acaba aprendendo no decorrer do percurso! Maravilhoso isso!
A Catedral da Santíssima Trindade (Christ Church Cathedral em Inglês) é a mais antiga catedral de Dublin e está colada ao museu Dublinia.
Eu disse que ela é a mais antiga por uma situação muito peculiar, pois, via de regra, toda cidade só tem uma catedral, mas Dublin tem duas.
De modo que, atualmente, o Vaticano reconhece a Catedral da Santíssima Trindade como a oficial.
Entretanto, Dublin também possui a catedral de São Patrício (St. Patrick’s Cathedral, em Inglês), construída em 1191.
Temple Bar
Se você ouviu dizer que o Temple Bar é o mais famoso e antigo pub da Irlanda, a informação está correta.
Entretanto, ela não está completa, pois este é o nome que se dá, também, ao bairro em que ele está inserido.
A região do Temple Bar oferece uma vibrante vida noturna, onde a música ao vivo e a cerveja rolam soltas.
Há muita gente de todas as idades, entrando e saindo de bares. É o chamado “pub crawling”, que consiste em ir de bar em bar, experimentando um pouco das opções de cerveja, do ambiente e de entretenimento de cada um.
Caso você resolva praticar a modalidade, aqui vão algumas sugestões dos pubs mais populares da região, além do Temple Bar Pub: The Porterhouse, Quays Bar e The Oliver St. John Gogarty.
Contudo, não existe certo ou errado. Apenas, entre naquele que lhe parecer mais atraente e deixe-se envolver pela atmosfera festiva do lugar!
Museus de Dublin
Uma característica fantástica dos museus públicos de Dublin é que eles são gratuitos e bem próximos uns dos outros.
Então, se você gosta de visitar museus, aproveite para conferir o Museu Nacional da Irlanda, o Museu Irlandês de Arte Moderna e a Galeria Nacional da Irlanda.
Há outros museus na cidade, mas esses são os que eu consegui visitar e fiquei encantada com o que vi.
Cervejaria Guinness
Já tive a oportunidade de conferir muitas cervejarias e, certamente, a Guinness oferece uma experiência bem interessante e diferenciada. Honestamente, de todas que eu visitei até hoje, considero a mais bem estruturada para o turismo. A loja de artigos da marca é de enlouquecer!
São 7 andares de exposição, onde você encontrará explicações detalhadas sobre o processo de fabricação da cerveja e algumas atividades interativas.
No último pavimento, fica o Gravity Bar, de onde se pode ter uma vista 360 graus de Dublin.
Embora o ingresso para visitar a cervejaria traga um gostinho amargo à experiência (o mais barato custa 26 euros – valores de 2022), ele é uma das atrações incluídas no Dublin Pass.
Antiga Destilaria Old Jameson
Apesar de ter planejado a minha viagem para visitar a Cervejaria Guinness, isso não quer dizer que eu deixaria de fora uma destilaria.
Tudo bem que o whisky escocês é muito mais badalado, mas o irlandês também tem seu mérito.
E já que estávamos em Dublin, por que não dar uma esticada e fazer um tour etílico diferenciado?
E, apesar de ser uma experiência curta (cerca de 45 minutos), a visita à Destilaria The Old Jameson foi bem interessante.
Aliás, se você adquirir o Dublin Pass, não vai precisar desembolsar o valor do ingresso.
Entretanto, se preferir conferir apenas esta atração, já pode comprar seu ingresso antecipadamente e em Português através dos canais do Turista FullTime.
Dicas práticas para poupar tempo e dinheiro em Dublin
Vamos combinar que a atual taxa de conversão do Real para o Euro é a pedra no sapato para o brasileiro que visita a Europa. Dói demais fazer a conta na hora de pagar por qualquer que seja a atração ou serviço!
Certa vez ouvi de uma conhecida que “quem converte, não se diverte”. Entretanto, para a grande maioria dos turistas, encarar a fatura do cartão de crédito na volta da viagem não é nada engraçado!
Pensando nisso, sempre procuro otimizar os deslocamentos e agrupar atrações que estejam na mesma região. Além disso, analiso a possibilidade de adquirir um city pass.
Embora à primeira vista este cartão possa parecer caro, no final, ele acaba sendo uma grande vantagem.
Não só ele acaba reduzindo o custo final da viagem, como poupa o tempo nas bilheterias, pois basta apresentá-lo na entrada das atrações a que ele dá acesso.
Além disso, o transporte está garantido, pois sempre o ônibus turístico está incluído no pacote.
A única coisa que você tem que prestar atenção é planejar a sequência das atrações e escolher entre as que são mais caras, porque se o seu cartão vale 24 horas, por exemplo, você não conseguirá visitar nem a metade do que está na lista. De modo que é preciso priorizar!
O Dublin Pass cobre 30 atrações e ainda dá acesso ao ônibus turístico hop-on hop-off. Então, ele pode ser uma excelente alternativa para economizar tempo e dinheiro em sua visita à capital irlandesa!
Atividades grátis em Dublin
Já mencionei ao longo do post, mas não custa dar uma compilada no que há para fazer de graça em Dublin. Afinal, é muita informação e alguma coisa sempre se perde. Então, vamos lá!
Os museus nacionais de Dublin são todos gratuitos. Além disso, vale a pena conferir, pelo menos, os jardins do Trinity College e passar em frente às duas catedrais.
Os parques de Dublin também são muito bonitos. Em especial, o Phoenix Park e o Herbert Park. E se você tiver tempo e sorte, pode curtir bons momentos ao ar livre, sem gastar um centavo.
Dublin é famosa por seus inúmeros festivais tradicionais (religiosos, musicais, de arte, de bebidas, de comidas etc.). Vai que você esteja lá na ocasião de algum deles? É só se juntar à multidão!
Ah, e não deixe de atravessar a ponte The Ha’penny, toda construída em ferro e que paira majestosa sobre o rio Liffey. Ela rende lindas fotos!
E, finalmente, perambular pela Grafton Street, rua de compras de Dublin, é um passeio grátis… a menos que você não resista à tentação de entrar nas lojas, é claro! Hahaha…
Mas, se não quiser gastar muito, que tal tomar um Irish Coffee?
Locomoção de baixo custo
A primeira grande ansiedade de qualquer turista é como fazer para chegar do aeroporto ao hotel e vice-versa.
No caso de Dublin, o aeroporto internacional fica ao Norte da cidade e a uma distância de 10 quilômetros do centro.
Entretanto, duas linhas de ônibus fazem a ligação entre os dois destinos: a Airlink e a Aircoach.
Na saída do desembarque, logo à direita, há um guichê de vendas de tíquetes para o shuttle bus.
Para o embarque no ônibus, ao sair do terminal, o ponto encontra-se à esquerda. É bem tranquilo de achar. O deslocamento dura, em média, 40 minutos.
Se você gosta de caminhar, deslocar-se entre uma atração turística e outra em Dublin não é um grande problema, pois o centro é bem compacto.
Há, ainda, as Dublinbikes, sistema de aluguéis de bicicletas no estilo das do Itaú aqui no Brasil. Só para você ter uma ideia, só no centro, são 44 estações em que você pode pegar e devolver à vontade mediante a um aluguel por um período pré-determinado.
E, finalmente, há os ônibus turísticos no esquema hop-on hop-off, em que você paga por um período (24 ou 48 horas) e embarca e desembarca quantas vezes quiser.
Tour guiados em Dublin
Os tours guiados em Dublin são uma ótima alternativa para treinar o Inglês e, ao mesmo tempo, percorrer os pontos turísticos com um guia credenciado.
Apesar de a maioria das empresas anunciar este tipo de atividade como “Free Walking Tour” (com guias, inclusive, vestindo camisetas com esses dizeres), espera-se que ao final do passeio, você dê uma contribuição.
E, embora o pagamento seja voluntário e a quantia possa ser estipulada por você, o esperado é que o valor fique na faixa dos 10 dólares.
No site do meu parceiro Civitatis, você pode fazer o agendamento do Tour Guiado em Dublin. Eu sempre procuro participar dessa atividade em todas as cidades turísticas que visito.
Eu já fiz o que é oferecido aqui no Rio de Janeiro e amei a experiência, mesmo sendo moradora da cidade há muitos anos.
Então, indico a modalidade como uma forma acessível de fazer turismo com um profissional qualificado.
Planeje sua viagem com o Turista FullTIme
O Turista FullTime é parceiro de duas empresas que vendem ingressos on-line em um ambiente 100% seguro e em Português: a GetYourGuide e a Civitatis.
Comprando os seus ingressos através de umas dessas plataformas, você já chega ao seu destino com a sua viagem programada e com parte dos custos previamente pagos.
Além disso, acaba contribuindo para a manutenção deste blog, sem pagar custo adicional algum pela sua compra.
Esta é uma forma de retribuir e agradecer o trabalho que desenvolvo com amor e seriedade pensando em você.
Minha experiência em Dublin
Apesar de curta, minha passagem por Dublin foi marcada por fatos muito pontuais. Primeiro, porque eu estava numa fase muito delicada da minha vida. Segundo, porque, durante minha estadia, recebi uma notícia que foi um grande baque.
Eu estava para voltar a morar no Brasil e tinha uma última oportunidade de fazer uma curta viagem.
Então, conhecer Dublin foi um presente de despedida. Eu não queria vir embora sem ter conseguido visitá-la.
No meu penúltimo dia de viagem, soube que uma prima muito querida (e jovem) havia falecido após uma luta dolorosa contra um câncer. Então, foi penoso conciliar um destino festivo com uma notícia tão triste.
A gente nunca imagina que algo do tipo acontecerá durante uma viagem mas, infelizmente, a morte não aguarda o término de um espetáculo. E, infelizmente, foi o que aconteceu neste destino.
Ainda assim, consegui guardar boas lembranças de Dublin. Percebi, também, um fato muito curioso, que eu nunca havia notado em outro país, salvo Portugal: a presença maciça de brasileiros.
O governo irlandês oferece muitas oportunidades de estudo e trabalho para estrangeiros que querem empreender.
Então, é muito comum que jovens conterrâneos resolvam tentar a sorte por lá, seja buscando um intercâmbio de Inglês, um curso na universidade ou uma oportunidade no mercado de trabalho.
Olha aí se, de repente, não é uma chance de você fazer turismo, treinar um novo idioma e conhecer um belo país?
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