Estocolmo pode ser uma cidade surpreendente! Apesar de não ocupar o topo da lista do brasileiro que viaja para a Europa, possui uma geografia muito peculiar e pontos turísticos que fazem a escolha valer a pena. Conheça em apenas 4 dias o melhor que a cosmopolita “ Veneza ” no norte da Europa tem a oferecer!
Esta viagem tinha tudo para ser diversão na certa. Amigas que já tinham viajado juntas. Amiga que veio do Brasil para matar a saudade e comemorar o aniversário. Amiga que conhecia a cidade como a palma da mão. Amiga que está voltando para o Brasil no final do mês.
Amiga portuguesa que carinhosamente chamamos de “brasileira com sotaque” (uma rapariga muito gira!). Amiga que gosta de brindar. Amiga que gosta de blogar. Motivos para confraternizar não faltavam. E disposição para andar e tagarelar o dia todo, também não!
Claro que com toda essa mistura composta de dez cabeças de cabelos esvoaçantes e personalidades e gostos diferentes, não havia como não ser uma viagem inesquecível para todas!
Os chapéus foram um sucesso.! Mas deixando de lado o clube da Luluzinha, vamos aos aspectos práticos que interessam a todos!
O que saber antes de ir para a Suécia?
Portadores de passaporte brasileiro não precisam de visto de turista se a estadia for inferior a 90 dias. Necessitam somente de um passaporte válido.
A moeda é a Svensk Krona (Coroa Sueca) pois o país, apesar de fazer parte da União Europeia, decidiu não aderir à moeda única, o Euro.
Para quem não gosta de temperaturas baixas, o ideal é visitar Estocolmo entre os meses de abril e setembro, já que os dias são longos e de temperaturas agradáveis.
No período em que lá estive (junho), o sol se punha depois das 22:00 e às 3:30 da manhã já estava claro de novo.
Ainda assim, quem é friorento tem que levar um casaco leve. Em alguns momentos do dia, mesmo nos meses quentes, a temperatura pode cair e ficar abaixo dos 18 graus.
Um gelo para brasileiros acostumados com clima quente quase que o ano todo.
Um pouquinho do que é Estocolmo
Bem, que é a capital da Suécia é a maior cidade do país, muita gente sabe. Também é de conhecimento geral que Estocolmo é uma das cidades mais limpas, organizadas e seguras do mundo.
Porém, talvez surpreenda o fato de que ela é considerada a “Veneza do Norte”, uma vez que é formada por 14 ilhas, unidas por 53 pontes e que fica localizada na região em que o lago Mälaren encontra o Mar Báltico.
Só essa parte geográfica já faz de Estocolmo um lugar extremamente interessante. Entretanto, a cidade tem muitas surpresas, capazes de encantar os visitantes mais exigentes.
Faz décadas que Estocolmo é uma das cidades mais visitadas dos países nórdicos. Só para você ter uma ideia, são mais de um milhão de turistas todos os anos.
Pode parecer um número pequeno, se comparado a Paris ou Londres , por exemplo. Porém, o suficiente para que a cidade tenha uma boa oferta de atrações e serviços para facilitar a vida dos visitantes.
Alguns exemplos de serviços que Estocolmo oferece ao turista são o cartão de transporte (válido para até sete dias) e o shuttle (ônibus) que liga o aeroporto ao centro da cidade.
Além disso, a cidade conta com empresas de ônibus turísticos do estilo hop-on hop-off, um recurso que ainda não se vê na cidade mais turística do Brasil, por exemplo.
Como chegar a Estocolmo?
Saindo de Amsterdã, há duas companhias que fazem voo direto: a KLM e a Norwegian. Optamos pela primeira.
O voo a partir de Amsterdã dura cerca de duas horas e não há imigração, já que os dois países fazem parte da União Europeia.
Portanto, é tudo bem descomplicado. Se você tem um passaporte europeu, é mais fácil ainda. Basta viajar com a identidade.
A cidade possui dois aeroportos: o Bromma e o Arlanda. O primeiro está conectado às grandes cidades da Europa e do mundo.
O segundo, serve mais aos voos “domésticos”, o que no caso da Europa, inclui voos internacionais de curta distância.
Como chegar do aeroporto Arlanda ao centro e vice-versa?
Há duas maneiras de se chegar ao centro de Estocolmo usando o transporte público. Porém, só poderei relatar como acessar o centro da cidade partindo do aeroporto Arlanda, pois foi por onde eu cheguei. Tenho firme a proposta de só sugerir o que fiz e aprovei.
Você pode pegar o Arlanda Express (trem) ou o Flygbussarna (ônibus). Ambos chegam ao Cityterminalen (o terminal de trens e metrôs) e dali tudo é facilmente acessado pela vastas linhas metroviárias e rodoviárias que cobrem a área metropolitana de Estocolmo.
O primeiro é mais caro e você chega ao centro de Estocolmo em 20 minutos. O bilhete de ida e volta custa 540SEK (o equivalente a 54 euros – valores de 2016). Há várias opções de horários a partir das 5:00 da manhã.
Optamos pelo ônibus, para economizar. O bilhete de ida e volta custa 198SEK (menos de 20 euros) e o percurso dura uns 50 minutos.
A vantagem, além do preço, é a flexibilidade de horários: funciona a partir das 3:30 da manhã.
O site da empresa para a compra os bilhetes é super descomplicado e com um menu em vários idiomas. Bem, mas não há nada em Português… o mais próximo é o Espanhol.
Você também pode adquirir seus bilhetes com o meu parceiro Ticketbar, pelo mesmo preço e mais facilmente ainda. Ficou com alguma dúvida na hora de comprar? Conte comigo para lhe ajudar!
Como usar o transporte público em Estocolmo?
Para usar à vontade os meios de transporte público disponíveis em Estocolmo (ônibus, metrôs, trams e barcas) você pode comprar um cartão válido por 24, 72 horas ou 7 dias. Optamos por comprar o de uma semana, pois ficamos quatro noites por lá.
As estações de metrô são facilmente identificadas por uma placa circular branca e uma letra T em azul. Curioso, pois normalmente essas placas trazem um M. O motivo é simples: o sistema de trens subterrâneos (como são conhecidos) chama-se T-bana.
Onde se hospedar em Estocolmo?
Toda grande cidade tem uma infinidade de opções de hospedagem, para todos os gostos e bolsos. Eu gostei muito da escolha da minha amiga (e principal organizadora da viagem).
Como ela já morou Estocolmo, sabia exatamente onde ficar pelo melhor custo/benefício.
Estocolmo não é uma cidade barata e ela procurou reunir três itens básicos para o turista: acessibilidade, conforto e bom preço. Não poderia ter escolhido melhor!
Hotel Tegnerlunden em Estocolmo
Ficamos hospedadas no Hotel Tegnerlunden, que fica a uma distância de apenas 400 metros da estação de metrô mais próxima – Rådmansgatan.
Além disso, o hotel fica a 500 metros da principal rua de comércio local – a Drottninggatan (não é coincidência: gatan é rua em Sueco).
Os quartos são bem confortáveis, o café da manhã é ótimo e há várias opções de bares e restaurantes nas redondezas.
De todos os quesitos do hotel, contudo, a localização foi o que mais gostei. Porém, não tenho absolutamente nada a dizer de ruim das outras coisas.
O que ver e fazer em Estocolmo?
Esta foi a parte mais difícil de organizar. Imagine: com dez pessoas e gostos diferentes, agradar a todo mundo é um grande desafio.
Além disso, a oferta cultural em Estocolmo é tão grande, que mesmo em uma viagem “solo”, é impossível ver e fazer tudo o que está disponível.
Portanto, já saímos da Holanda com um roteiro bem alinhavado pelas duas amigas que organizaram a viagem. De modo que havia uma programação bem diversificada para todos os momentos do dia.
E o legal é que elas deixaram vários momentos de flexibilidade para que cada uma participasse em grupo de umas coisas e, ao mesmo tempo, tivesse a liberdade de conhecer algo por conta própria.
E esta foi a receita de sucesso: com tanta mulher junta (se houve alguém de TPM, ninguém notou!), não houve uma cara feia, um nariz torcido pra nada… Eita, grupo bom! Assim é fácil viajar em “excursão”… hehehe!
Uma breve amostra de tudo o que Estocolmo tem a oferecer
Drottningholm Palace
O palácio, construído no século XVII é o mais bem conservado da Suécia e uma das residências oficiais da Família Real. Sem dúvida, é uma das atrações imperdíveis da cidade.
Você precisará de, pelo menos, umas quatro horas para visitá-lo com calma, pois só o deslocamento durará cerca de duas horas (uma hora cada trecho).
Para chegar até lá, você tem que pegar um barco no píer que fica no bairro de Norrmalm.
O percurso é uma delícia, pois você vai margeando a parte histórica da cidade.
Depois, o barco passa por bairros residenciais e você tem uma visão bem abrangente de Estocolmo.
O ideal é visitar o palácio em um tour guiado, que dura 45 minutos. Todos os detalhes para a visita, assim como os ingressos, você pode encontrar no site oficial.
Você pode, também, comprar o seu ingresso aqui mesmo e mais barato através da parceria do blog com a empresa Ticketbar.
Além disso, você vai poder contar com a minha assessoria, já que ambos os sites estão disponíveis apenas em Inglês.
Aqui devo fazer um esclarecimento: o Ticketbar disponibiliza em Português ingressos para diversas atrações em inúmeras cidades europeias.
O Turista FullTime conta com um variado menu de cidades que você pode conferir neste LINK. Infelizmente, Estocolmo ainda não consta da lista de destinos no nosso idioma.
Stadshuset: a prefeitura de Estocolmo
O agendamento foi feito on-line, então, tudo transcorreu sem fila e sem complicações.
A funcionária da prefeitura já estava nos aguardando e fez uma excelente descrição do lugar e de seu funcionamento nos 45 minutos de visita (em um Inglês impecável).
O Blue Hall da prefeitura de Estocolmo
Todo o prédio da prefeitura é belíssimo. Porém, o mais interessante é que ele é usado para outros fins, além dos administrativos.
Por exemplo, no grande hall de entrada – que demorou 12 anos para ser concluído – acontece todos os anos o banquete para a entrega do prêmio Nobel. Aliás, o Nobel Museum pode ser visitado no bairro de Gamla Stan.
Neste dia, cerca de 1300 convidados comparecem ao local, onde podem curtir o som do maravilhoso órgão de tubos, um dos maiores da Europa, com nada menos do que 10 mil tubos.
Que tal se casar na prefeitura de Estocolmo?
Outra experiência bem legal, é se casar na prefeitura de Estocolmo. Todos os sábados, há cerimônias (no civil). Há dois tipos: casamento curto (dura 3 minutos) e longo (dura 30 minutos).
Não é preciso ser cidadão sueco para realizar a cerimônia. Qualquer um pode se casar, pagando uma taxa de estrangeiro (cerca de 50 euros). Mas é claro que precisa agendar, pois não dá pra chegar lá e decidir casar de última hora.
O ponto alto da visita é o Golden Hall, que não deixa dúvidas quanto ao nome. Simplesmente, espetacular.
Para fãs de mosaico, é uma obra-prima de tirar o fôlego! Veja com detalhes:
Honestamente, de tudo o que consegui visitar em Estocolmo, a prefeitura foi, disparada, a minha atração preferida.Todas as informações práticas sobre como e quando visitar o local, você encontra no site oficial.
O bairro de Gamla Stan
Agora, não se assuste com o fato de o centro histórico estar localizado numa ilha.
Lembre-se: tudo é muito próximo e, às vezes, o que separa uma ilha da outra é só uma ponte (que você, desavisadamente, poderia atravessar achando tratar-se de uma simples avenida).
Só para você ter uma ideia: do nosso hotel até o Palácio Real dava para ir a pé (eram menos de dois quilômetros).
E era meio que caminho para outras atrações, entre elas o Moderna Museet. Praticamente “em frente”, atravessando duas pontes e cruzando a água, mas em frente…
Stockholms Slott
Um ingresso e vários dias para conferir tudo
Vasa Museet
Vasa é o nome do navio de guerra sueco construído no século XVII e que virou e afundou em sua viagem inaugural sob o olhar de milhares de cidadãos e a apenas 1300 metros do porto de partida, em Estocolmo.
Sua história fascinante pode ser conferida previamente em um audio fornecido pelo site oficial para deixar a visita ainda mais completa.
Para facilitar a sua visita, você pode adquirir em Português e antecipadamente o seu ingresso pelo Turista FullTime.
O único navio do tipo no mundo ganhou um espaço construído especialmente para abrigá-lo: o Vasa Museum, localizado no bairro de Djugarden.
Moderna Museet
Localizado na ilha de Skeppsholmen, o Museu de Arte Moderna abriga uma vasta coleção, incluindo obras de Picasso, Dali, Derkert e Matisse.
Mesmo para quem não é, particularmente interessado no assunto, o museu é uma das atrações imperdíveis de Estocolmo.
O jardim abriga obras super alegres e coloridas, capazes de encantar, principalmente, quem vai com crianças e as instalações no interior do complexo são bem chamativas e curiosas.
Skansen Park
Localizado no bairro de Djugarden, o Skansen Park foi o primeiro museu ao ar livre do mundo, inaugurado no ano de 1891.
O local conta o modo de vida dos suecos ao longo dos últimos cinco séculos, em inúmeras instalações.
Algumas delas ainda estão em funcionamento, como é o caso da pequena fábrica de vidro artesanal e de uma padaria, onde podem ser encontrados deliciosos pães típicos.
Há várias construções interessantes e, também, algumas opções de restaurantes. Optamos por almoçar no Solliden.
Fizemos reserva, pois o grupo era grande e com isso (grande vantagem!) não precisamos pagar e entrada do parque.
Essa providência é uma ótima forma de economizar e, ao mesmo tempo, desfrutar de um Smörgåsbord, o autêntico buffet escandinavo.
Caso você só queira visitar o parque, poderá comprar seu ingresso antecipadamente através do Turista FullTime.
A compra é feita em Português e com direito a cancelamento, em caso de uma eventualidade.
Obras de arte moderna nas estações de metrô de Estocolmo
Onde e o que comer em Estocolmo?
Primeiro, é necessário dizer que a culinária sueca tem uma grande oferta de carnes, laticínios e peixes (especialmente arenque e salmão).
O acompanhamento dos pratos, normalmente, é a batata nas suas mais diversas formas. As refeições são fartas e bem saborosas.
Uma coisa que achei bem curiosa foi a sequência em que os pratos “devem” ser comidos em um autêntico buffet, o Smörgåsbord.
Bem, primeiro é necessário ressaltar que os pratos são agrupados mais por ingredientes do que por categorias e que você deve comê-los da forma “correta”. Do contrário, já sabe-se (de cara) que você não é local.
Assim, a ordem certa deve ser: começar pelos diferentes tipos de arenques (crus e em conservas).
Experimentei absolutamente todos. O aspecto pode não ser dos melhores, mas não perca a coragem.
O sabor é muito bom, seja qual for a variação.
Passada a experiência de encarar os arenques, você já pode pular para a mesa de pães e queijos e, de lá, dar continuidade ao restante do bufê.
Eu amei as mesas com diferentes tipos de frios (com presuntos divinos de todos os tipos!) e a de salmões defumados. Uma maravilha! O duro é aceitar a hora de parar de comer!
Receita sueca para curar ressaca
Bem, diz minha amiga sueca-brazuca que, ao longo da refeição, os suecos brindam diversas vezes com a Aquavit (Akvavit no idioma local), uma versão escandinava da aguardente.
Os suecos são famosos por ser “duros na queda”. Assim, os brindes com a água que passarinho não bebe pode varar a madrugada.
Então eles têm um prato forte “cura porre” à base de batata. A função da iguaria é de restabelecer o cidadão no fim da festa.
Restaurante Tradition
O prato era muito semelhante àqueles que encontramos nas lojas da IKEA (que aliás, é sueca!), só que na versão feita em casa. Divino!
Restaurante Solliden
Localizado dentro do Skansen Park e responsável pela experiência de um autêntico bufê sueco. Vale a visita! Pelo preço fechado de o equivalente a 33 euros por pessoa, come-se à vontade (bebidas pagas à parte).
O site do restaurante disponibiliza todo o menu em Inglês para você ter uma ideia do que irá encontrar. Honestamente, ir a Estocolmo e não experimentar as iguarias locais é uma pena!
El Aguila Tapas Bar
Aqui devo fazer um esclarecimento: na Holanda, uma tulipa de cerveja comum custa em torno de €3,00.
Em Estocolmo, porém, não sai por menos do que o dobro. Aliás, bebidas são caríssimas por lá, seja em restaurantes ou bares.
Viagem em grupo para Estocolmo
Viagens com amigas
Madri – 2014
Bordeaux – 2016
Giverny – 2015
Versalhes – 2015
Excelente dicas, bem detalhadas, como só uma mulher poderia fazer, parabéns!
Muito obrigada, Beth! Fico feliz que tenha gostado.Abraço!