Uma tarde de inverno não exige que você fique amargando a solidão dentro de casa. Há inúmeros lugares que podem ser visitados (e divertidos!) em uma tarde fria. Pensando nisso, resolvi me montar com casaco, cachecol e gorro e ir visitar a linda Delft. E posso lhe dizer? Acabou sendo um passeio delicioso!
A linha 1 do tram (vulgo, bonde) sai de Scheveningen (a praia mais famosa da Holanda, em Haia) e vai até Delft Tanthof, passando por importantes pontos turísticos, entre eles o centro de Haia (passa em frente ao Parlamento), a antiga (e ainda em funcionamento) Estação Hollands Spoor e, meu ponto de parada, a Estação Central em Delft.
Eu não precisaria ter ido até lá. Poderia ter descido um ponto antes (Prinsenhof), que é o ponto do centro da cidade e do ponto turístico homônimo, mas a distância era curta e eu queria ver a estação.
A estação está com uma obra gigantesca nas imediações, então resolvi não entrar… o vento também não estava colaborando. Aí fui conferir o Prinsenhof, sobre o qual tinha lido um pouco no dia anterior.
O museu Prinsenhof
Prinsenhof, hoje um museu, foi a residência de William of Orange (Willem of Oranje em Holandês), considerado o Pai da Nação na Holanda. Ele mudou-se para Delft em 1572 quando era, então, líder da resistência holandesa contra a ocupação espanhola. Fiquei fascinada com o desenrolar desse capítulo da História do país, mas não vou fundo nesse tópico, já que meu foco é o turismo.
O complexo, em si, já vale a visita. Querendo ou não destrinchar os fatos históricos, há uma infinidade de artefatos e retratos de membros da Família Oranje (incluindo as mais conhecidas rainhas, entre elas, Beatrix – que abdicou do trono em favor do filho em 2013).
Além disso, é possível ver as marcas dos tiros na parede do cômodo em que o ilustre morador foi assassinado. Um lugar muito interessante, de uma importância incontestável para a História do país e muito agradável aos olhos, uma vez que a construção de mais de 5 séculos, encontra-se em excelentes condições!
O ingresso para o museu custa 10 euros (valores de janeiro de 2015), mas a entrada é grátis para quem tem o Museumkaart. Crianças até 11 anos não pagam. Para informações sempre atuais sobre preços e horários, consulte o site do museu.
O ingresso dá direito a um café, cappuccino, chá ou desconto de 2 euros em qualquer outra bebida na charmosa cafeteria Stadskoffy Huis.
O local fica na mesma rua e tem uma torta de nozes deliciosa!
Fora o museu, o centro de Delft é lindo e oferece muitas outras oportunidades para fazer um passeio cultural ou simplesmente para curtir a cidade, que também é famosa pela porcelana branca e azul, um dos ícones holandeses. Além disso, é a cidade onde o pintor Vermeer nasceu, viveu e produziu suas famosas obras de arte (incluindo “Moça com Brinco de Pérola” – minha preferida!)…
O que posso dizer sobre minha escolha do dia? Aprovada! Baixo orçamento (gastei €2,56 por cada trecho do tram (para turista sem cartão de desconto, o valor seria €3,50) mais €3,25 por uma fatia de torta de nozes… ou seja, com menos de €10,00 passei algumas horas sem tédio e ainda absorvendo um pouco da História e da cultura deste fascinante país!
Dica prática
No caso do bilhete único, você paga o valor integral, independente do trecho, mas com a vantagem de poder descer e trocar de trams sem pagar de novo, dentro do período de uma hora. Uma ótima chance de ir conferir algo no meio do caminho e voltar rapidinho, já que quase sempre os intervalos entre um tram e outro (da mesma linha) são de cerca de 10 minutos, quando não menos…
Este é um programa cultural que vai fazer parte da minha série “Holanda BBB“: Bom, Bonito e Barato. Aliás, vou até lá de novo brevemente, pois tenho um lista gigante de coisas que ainda quero fazer nesta fofa cidade holandesa!
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