Um roteiro de 3 dias em Edimburgo é a medida certa para quem quer conhecer os principais pontos turísticos da capital da Escócia e sentir a atmosfera alegre, vibrante e jovial que esta antiga cidade cheia de História e encantos tem a oferecer.
Um pouquinho de Edimburgo
Edimburgo é a capital da Escócia desde 1492. É, também, a segunda cidade mais populosa do país, ficando atrás apenas de Glasgow . Além disso, é a sede do parlamento irlandês e da residência oficial da rainha Elizabeth II quando em eventos oficiais na Escócia.
Há quatro universidades na cidade, incluindo a University of Edinburgh, que costuma figurar nos primeiros 50 lugares das melhores universidades do mundo.
Para nós, turistas, o mais relevante é a posição com relação ao turismo. Dentro do Reino Unido, Edimburgo encontra-se em segundo lugar em termos de popularidade, perdendo apenas para Londres .
Não pense porém que isso pode fazer de Edimburgo uma cidade caótica. Apesar de muito procurada, é uma capital bem tranquila e pequena. Quase todos os lugares turísticos estão a uma curta distância um do outro e tudo pode ser feito a pé, sem o menor problema.
Roteiro de 3 dias em Edimburgo
Edimburgo é uma cidade encantadora e com múltiplas possibilidades para agradar a todos os gostos e idades. Naturalmente que, quanto mais tempo você tiver para explorá-la, melhor.
Como eu tinha apenas 3 dias, precisei priorizar e percorrer o que para mim era imperdível: os ícones da cidade.
Acho válido comentar que já cheguei a Edimburgo com um roteiro traçado para cada dia. Inclusive, calculando quanto tempo pretendia gastar em cada lugar. Sempre com margem para mudanças, claro, pois não gosto de roteiro engessado e sempre deixo espaço para surpresas de última hora.
Bem, neste post vou apenas listar o roteiro percorrido dia a dia, para em outro post falar especificamente sobre cada atração visitada. Desta forma, esta leitura não fica tão longa. E fica muito mais fácil para você organizar somente seu itinerário e calcular o tempo gasto em cada ponto de interesse.
Claro que cada pessoa tem o seus objetivos e seu ritmo. Este roteiro é uma mera sugestão para tentar combinar os pontos turísticos próximos um do outro e assim otimizar os deslocamentos, já que no fim do dia, a gente costuma estar quebrado…
Roteiro em Edimburgo – dia 1
Como já chegamos a Edimburgo perto de volta de 13:00, sabíamos que nosso tempo era curto e já tratamos de deixar as malas no hotel e começar o “reconhecimento”.
Almoçamos no Albanach e de lá já fomos conhecer o National Museum of Scotland. Ficamos cerca de 2 horas lá dentro.
Depois de sair do museu, perambulamos um pouco pela cidade, passando em frente ao Parlamento escocês.
De lá, pegamos a Royal Mile. Entramos na catedral de St. Giles, fuçamos as lojinhas de suvenires e passamos em frente à Mercat Cross.
Uma paradinha de cerca de uma hora no hotel para repor as energias e de volta pra rua. À noite, Edimburgo também é encantadora! Escolhemos o Greyfriars Bobby para jantar, bem ao lado do cemitério.
Aliás, a cidade tem histórias de arrepiar! Se você gosta do gênero, tem que fazer um dos passeios noturnos e conhecer o lado macabro sombrio de Edimburgo!
Mas se você for do time dos cagões (como eu… hehehe!), tem tour diurno, também. Assim dá pra desbaratar até a hora de dormir!
Roteiro em Edimburgo – dia 2
O dia começou cedo, pois havia muita coisa para ser vista. Às 9:00 da manhã, já estávamos na rua. Resolvi não pegar o café da manhã do hotel a fim de conhecer algum lugar charmoso e bem British pra comer.
A caminho do castelo, The Hub me pareceu uma ótima opção. Instalado em uma antiga igreja, o café foi a escolha perfeita: o bolo de cenoura estava delicioso e o ambiente, encantador.
Eu queria estar no Edinburgh Castle às 10:00 da manhã, pontualmente, para conferir os variados pontos de interesse que ele reúne.
Percorri todos eles, ticando um por um. À uma em ponto, eu ainda estava lá, para conferir o tiro de canhão (um detalhe que contarei em outro post).
Após visitar o castelo, já aproveitamos para conferir a Scotch Whisky Experience, pois os dois são bem próximos.
Famintos e com a degustação de whisky já dando uma bobeirinha, resolvemos sair um pouco do caminho e almoçar no icônico e imprescindível The Elephant House.
Apesar do valor cultural do lugar, os preços são excelentes e foi uma boa escolha. Eu não poderia estar por Edimburgo sem dar uma passada pelo local. Fãs de J.K. Rowling me entenderão!
Devidamente alimentados, nada de perder tempo: pegamos novamente a Royal Mile a fim de conhecer o Palácio de Holyrood. No caminho, passamos pelo Parlamento Escocês.
Finalizamos a tarde voltando pela Princes Street, a fim de conhecer um pouco da parte da cidade conhecida como New Town. Passamos pelo Scott Monument e pela Scottish National Gallery.
Chegamos ao hotel por volta de 19:30 para tirar uma merecida power nap. Depois fomos jantar no Deacon Brodie’s Tavern, apontado como um dos melhores pubs da cidade.
Roteiro em Edimburgo – dia 3
O dia da volta é quase sempre igual: muita preguiça para levantar (por causa do acúmulo dos dias). Pouco tempo para conferir alguma atração de última hora. De modo que tratamos de fazer o check-out às 9:30 da manhã, deixar as malas no guarda-volumes do hotel e ir conhecer melhor o lado “novo” da cidade.
A primeira parada foi a National Scottish Gallery. Gostei muito da visita, pois havia vários quadros de artistas renomados.
Após percorrer os ambientes, paramos no café do museu para um lanche rápido e lá fomos nós andar pelas redondezas.
Passeamos pelos jardins da Princes Street, conferindo suas fontes e o relógio de flores, até chegar à Parish Church of St. Cuthbert.
De lá, voltamos para perto da Waverley Station para ouvir o tiro de canhão, que acontece pontualmente à 1:00 da tarde.
Sem tempo para outras atrações, passamos pelo hotel para pegar nossas malas e começar a volta pra casa. Snif!
Planejamento da viagem
O que precisa saber antes de visitar a Escócia?
A Escócia é um dos países do Reino Unido e, portanto, não é possível viajar só com a identidade da União Europeia, como muitos brasileiros com dupla cidadania fazem.
É necessário um passaporte válido. Para períodos inferiores a 180 dias, não há necessidade de visto para brasileiros que viajam a turismo ou visitando parentes e amigos.
Caso você possua outra nacionalidade, ou tenha motivos diferentes para a viagem, convém consultar o site oficial para obter as informações atualizadas que se aplicam ao seu caso.
Ao contrário da livre fronteira entre os países que fazem parte do Acordo de Schengen, em que não há controle de passaportes na chegada, na Escócia é preciso fazer a imigração e estar pronto para responder a várias perguntas e a comprovar (se for o caso) o motivo da visita.
Para evitar nervosismo, é bom ter em mãos um comprovante de que você possui uma passagem da volta e uma cópia impressa do local em que você vai se hospedar. Aliás, esta informação deve constar no cartão que você preenche antes mesmo de passar pela imigração.
A moeda escocesa não é o Euro, como acontece em vários países europeus. Você precisará de libras esterlinas.
Contudo, não se preocupe em levar tudo em dinheiro vivo. Cartões de crédito e de débito são aceitos em todo canto e há muitos caixas eletrônicos espalhados pela cidade, que é bem segura.
Organize a sua visita a Edimburgo
Para mim, uma das partes fundamentais para a viagem dar certo, é já chegar ao destino com tudo alinhavado. Assim, sobra pouca margem para erros e decisões de última hora. A seguir, compilei todas as informações práticas para você chegar a Edimburgo com tudo mastigadinho. Bora lá, conferir?
Como chegar a Edimburgo a partir de Aberdeen?
Ao contrário da maioria das minhas viagens, não cheguei a Edimburgo de avião. Como resolvi fazer um roteiro mais abrangente, parti de Aberdeen de trem com destino à capital da Escócia. O sistema ferroviário é excelente, com trens confortáveis e pontuais.
Durante minha estadia em Aberdeen, eu havia feito um bate e volta à cidade de Dundee com a mesma companhia. Nas duas ocasiões, comprar as passagens on-line pelo site da Scotrail foi super descomplicado. A passagem para Edimburgo saiu £22,50 por pessoa (valores de maio/2016).
O percurso entre Aberdeen e Edimburgo é de aproximadamente 200 quilômetros e a viagem de trem dura cerca de 2 horas e 45 minutos. Os vagões são modernos e é possível reservar os assentos até na segunda classe.
Além disso, um funcionário da empresa passa com um carrinho (no estilo do que é usado em voos) vendendo bebidas e vários tipos de snacks e sanduíches.
Waverley Station em Edimburgo
A chegada na Edinburgh Waverley Station é descomplicada e a estação fica no coração da cidade. Para efeitos de localização, a pouco mais de um quilômetro de distância do ponto mais turístico da cidade: o Castelo de Edimburgo.
Como chegar do aeroporto ao centro de Edimburgo e vice-versa?
Eu havia comprado minha passagem de avião com a minha parceira KLM usando a opção múltiplos destinos. De modo que saí de Amsterdã com destino a Aberdeen, porém peguei a volta a partir de Edimburgo.
Chegar do centro ao aeroporto de Edimburgo é muito fácil. O ônibus Airlink Service 100 faz o percurso exclusivo aeroporto-centro-aeroporto. O ponto de embarque fica em frente à Waverley Station (estação de central de trens). As partidas acontecem a cada 15 minutos e o percurso dura cerca de 30 minutos.
Os tíquetes podem ser adquiridos na hora. Porém, se você quiser garantir o seu lugar, pode comprar antecipadamente com o meu parceiro GetYourGuide pelo mesmo preço. O horário para utilização é flexível. Você só precisa definir a data.
Onde se hospedar em Edimburgo?
Escolhi o Ibis Edinburgh Centre South Bridge para a nossa hospedagem. Eu tenho uma tendência a optar por hotéis de grandes redes, pois já sei que tipo de acomodação encontrarei por categoria. Não há surpresas.
Além disso, esse tipo de hotel costuma ser mais maleável no que diz respeito a early check-in e late check-out. Eu havia pedido um early check-in e pudemos começar a usar a acomodação sem o menor problema, mesmo chegando antes do horário previsto.
Gosto do Ibis da Rede Accor porque em qualquer cidade o padrão é o mesmo e os preços costumam ter a melhor relação custo-benefício possível. Quem já se hospedou em um deles sabe que o que pode esperar. O padrão é sempre bom, mas sem luxo. Os quartos são limpos e o banheiro é adequado.
Além disso, o café da manhã é barato e a localização costuma ser excelente. Todos os itens que eu considero fundamentais em uma hospedagem, eu encontrei no hotel escolhido.
De todos os pontos listados, a localização recebeu nota 10. Absolutamente na cara da ação! Fica a uma curtíssima distância da Royal Mile e a uma distância perfeitamente “caminhável” de TODAS as atrações imperdíveis.
Se você também quiser se hospedar neste hotel, ou em qualquer outro hotel da cidade, sabe que sempre poderá contar com as excelentes ofertas do meu parceiro Booking.com. Além disso, fazendo a reserva pelo banner do Turista FullTime, você ajuda na manutenção do blog.
O melhor é que, reservando por aqui, você não paga um centavinho a mais por isso! Apenas contribui para que este blog continue sempre oferecendo dicas variadas e atuais. Então, se você vai a Edimburgo, já aproveite e faça suas reservas aqui mesmo… a blogueira agradece!
Onde comer em Edimburgo?
Bem, com uma curta estadia, não deu pra conferir muita coisa. Ainda assim, tivemos boas experiências gastronômicas.
Café da manhã: The Hub
Para o café da manhã, eu recomendo The Hub. Não pelo café em si, mas pela experiência. O charmoso café funciona em uma antiga igreja.
A linda e imponente construção de arquitetura vitoriana foi totalmente reformulada e hoje serve a vários propósitos. Muitos eventos acontecem em seu interior.
Inclusive o International Festival of Edinburgh, um evento anual que reúne pessoas do mundo inteiro e cujo foco são as artes. São 3 semanas das melhores performances de dança, ópera, música e teatro. Deve ser sensacional!
Almoço com inspiração
No dia em que chegamos, estávamos famintos e escolhemos a primeira opção que nos pareceu interessante.
Albanach
O Albanach foi uma agradável surpresa a cerca de 300 metros do hotel, com boa comida tradicional e preço justo.
Comi uma steak pie que estava deliciosa. E olha que provei várias ao longo da viagem!
Agora, o almoço com inspiração aconteceu na simples, mas imperdível, The Elephant House. Não se trata de um restaurante. O estabelecimento é um café, considerado um dos melhores de Edimburgo.
The Elephant House
Entretanto, o que me atraiu até lá foi o fato de que o local era frequentado pela escritora J.K. Rowling. E foi lá que ela escreveu parte dos livros que viraram um fenômeno mundial: a encantadora série de livros Harry Potter.
Quem lê meus posts sabe que eu adoro os bruxinhos e que até já visitei os estúdios da Warner Bros com os cenários inconfundíveis que vemos nos filmes. Olha aí uma ótima desculpa pra dar uma esticada até Londres!
Pois bem, a refeição foi simples, mas imaginar a autora sentada perto da janela, buscando inspiração para os livros enquanto olhava o Castelo de Edimburgo à distância, dá até um arrepio. Eu, mesma, tive que escrever parte do meu post lá, contagiada pelo clima criativo do lugar!
Bem, a experiência do lugar foi tão impactante pra mim, que vou ter que contar em outro post. Assim, posso focar na parte cultural, já que esta seção se destina a onde comer (bem) em Edimburgo.
Mas, voltando à comida, que é o que interessa: comi uma focaccia de carne de porco desfiada, acompanhada de uma salada. O café estava delicioso! O local prima pela qualidade dos grãos do tipo Arabica, que são moídos praticamente na hora.
Jantar com tradição e História local
Para o jantar, escolhemos dois lugares típicos e super descolados. A ideia era aliar boa comida tradicional em lugares inspirados em alguma personagem local. Ambos atenderam muito bem às expectativas.
Greyfriars Bobby’s Bar
Localizado bem o lado do cemitério, e considerado um dos melhores pubs da cidade pela qualidade de seu gin e ale (cerveja).
O nome é em homenagem ao fiel cãozinho, que ficou tão famoso que ganhou até filme da Disney (1961).
Fiquei tão apaixonada pela história desse fiel cãozinho que decidi dedicar um post exclusivo a ele, para poder contar com detalhes.
Bem, estou falando de comida e bebida, certo? Então, desculpa aí a viajada que eu dei na maionese…kkk! Mas eu sou bicho inquieto e simplesmente AMO esses conhecimentos aleatórios que a gente acaba ganhando em viagens! Daí que de vez em quando, tenho que fazer um detour…
Em termos de comida e bebida, Greyfriars Bobby’s Bar também foi ótimo. Começamos a noite com uns pints de ale, enquanto aguardávamos a nossa mesa. O pub é famoso por seu gin e ale (cerveja).
Culinária escocesa e o famoso Haggis
Primeiro jantar em Edimburgo: tínhamos que provar a mais famosa iguaria da culinária escocesa. Bora encarar uma receita feita à base de miúdos de carneiro (estômago, fígado, corações e pulmões, basicamente)?
Sim, eu experimentei o Haggis…Uhuuu! Mais uma iguaria pra entrar na lista de comidas que se você pensar muito, não come pra valentes.
Nunca comi (ainda), mas há quem compare o Haggis à buchada de bode. Vou ter que conferir! Mas o fato é que o haggis se você comer primeiro e perguntar depois é gostoso.
O que eu comi, parecia um bolinho com recheio bem macio. Veio acompanhado de purê de nabos, uns vegetais e um molho bem gostoso à base de mostarda. Não sobrou nada…
Um último detalhe: o formato de bolinho é devido ao fato de que os miúdos são moídos e usados como recheio, que é colocado dentro do estômago do carneiro. Se você pensar que é bem similar ao processo de se fazer uma linguiça, come sem medo e vê que é bom.
Bem, precavida por natureza, pedi um prato a base de frango. Escolha segura e neutra. Não sobrou nada de prato algum para contar a história… rsrsrs!
Deacon Brodie’s Tavern
Este é outro estabelecimento que escolhi puramente motivada pela História. A taverna recebeu o nome de um famoso membro da sociedade de Edimburgo do século XVIII. A história de sua vida dupla surpreendeu a todos e seu desfecho foi bem inusitado.
Também não resisti e tive que contar as peripécias e aventuras de William Brodie em outro post. Achei incrível essa capacidade dos escoceses de manter viva a trajetória de ícones da cidade.
Isso foi algo que adorei em Edimburgo: você respira História em cada esquina. Ao mesmo tempo em que se mistura em uma multidão jovem, alegre e vibrante!
Pensando apenas de maneira prática (e esfomeada!), o lugar também é altamente recomendável. Ele é considerado um dos melhores pubs de Edimburgo. Quando chegamos, o local estava lotado. Tivemos que esperar 20 minutos por uma mesa, mas valeu. A comida estava ótima!
Onde fazer boas compras em Edimburgo?
A shopping area mais famosa de Edimburgo fica concentrada na região da Princes Street. Lá, você encontra desde cadeias de lojas até lojinhas de suvenires. Alguns exemplos são as famosas Boots, the Chemist, H&M e Jenners.
Para quem gosta de um pouco mais de sofisticação ou mesmo de lojas mais independentes, a George Street, é o endereço. E, finalmente, a St. Andrews Street completa o circuito da moda.
O que visitar a partir de Edimburgo?
Como eu comentei no início deste post, na mesma viagem visitei Aberdeen e Dundee. Ambas facilmente acessáveis de trem. Além disso, Edimburgo fica a uma curta distância de Newcastle (apenas 1h30 de trem).
E se você quiser dar uma esticada maior, é possível pegar um trem direto até a Kings Cross em Londres. Tudo vai depender do seu tempo e da sua disposição.
“Mas peraí, Turista, este post acaba assim, de repente?”
Eu tenho certeza de que essa pergunta está passando pela sua cabeça nesse momento glorioso. Longe disso! É que escrever sobre Edimburgo é impossível sem me estender longamente. E a essa altura, você já deve ter sentido cansaço. Eu sei… este post acabou virando um TEXTÃO.
Daí que te convido a conhecer todos os outros posts sobre a cidade. Aqui no blog, mesmo. Vem comigo que te conto mais e mais!
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