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Istambul é uma cidade única, a começar por sua localização geográfica: com parte de seu território na Europa e o outro na Ásia, apresenta uma mistura exótica de arquitetura, cores e sabores que só conferindo de perto para entender. Imperdível àqueles que querem ir além das viagens comuns.

Confesso que estava com grande expectativa com relação a Istambul, por vários motivos: principal cidade de um país de maioria muçulmana, única cidade do mundo a ocupar dois continentes  e um lugar diferente dos que eu visitara até então.

Além disso, a Holanda é habitada por milhares de pessoas provenientes da Turquia e, de certa forma, isso causa uma familiaridade e, por que não, uma curiosidade em conhecer a cultura desse povo mais de perto.

 

Apenas uma rua qualquer, mas que ilustra o astral da cidade!

 

Antes de começar a contar minhas impressões sobre a bela e transcontinental cidade, acho importante citar alguns dados que podem causar confusão: apesar de ser a maior cidade do país e, definitivamente, seu grande centro cultural, histórico e econômico, Istambul não é a capital. Ankara é a capital turca.

Istambul é mundialmente conhecida por sua arquitetura bizantina e otomana. É, também, a quinta cidade mais visitada do mundo: são mais de 11 milhões de turistas todos os anos.

Isso se deve ao fato, talvez, de ser uma “porta de entrada para o Oriente”. E também por aceitar de maneira bem flexível as outras culturas, mesmo tendo o Islamismo praticado por mais de 99% de sua população.

Trocando em miúdos, apesar de ser possível ouvir várias vezes ao dia o chamado para as orações emitido pelas mesquitas espalhadas por toda a cidade, turistas (principalmente, mulheres) não precisam seguir o rigor da vestimenta recatada, por exemplo.

Apenas ao entrar nas mesquitas, o decoro é obrigatório. Tudo, porém, é esquematizado para que o visitante não perca a chance de conhecer os pontos de interesse.

 

 

Viajei com meu marido, mas conheço mulheres que viajaram desacompanhadas ou em grupo de amigas e que não tiveram o menor inconveniente.

Digo isso, porque em certos lugares, às vezes, não é prudente mulher viajar desacompanhada. Lá, pelo menos, não vi ou soube de incidente algum.

O voo, partindo de Amsterdam tem a duração média de 3 horas e meia, sendo que lá o fuso horário é uma hora para mais.

Nem havia saído do aeroporto e já fiquei impressionada com a modernidade e a organização.

Também foi bem interessante constatar a diferença entre o estilos de vestimenta entre as mulheres muçulmanas (algumas completamente cobertas, outras somente com os cabelos envoltos em véu.

Enfim, muito mais variações, se comparadas às que vejo pelo centro de Haia, cidade onde eu moro.

 

Como chegar do aeroporto de Istambul ao centro da cidade?

 

Fiz uma pesquisa num guichê do aeroporto para ver quanto custaria um shuttle até o cendtro de Istambul. Achei caro: de 40 a 45 euros.

Um amigo do meu marido havia estado pouco antes na cidade e contara ter pago cerca de 20 euros pegando táxi comum do lado de fora do aeroporto.

Arriscamos e chegamos sãos e salvos ao hotel e não fomos enrolados pelo taxista, que foi gentil e percorreu o caminho sem rodeios (eu havia imprimido um mapinha para me certificar do trajeto). 

 

Onde se hospedar em Istambul?

 

Antes de mais nada, quero ressaltar que não recebo qualquer desconto na tarifa ou diária grátis pela recomendação de um hotel. Todos os custos das minhas viagens são autofinanciados.

Então, qualquer sugestão ou menção que eu faça a estabelecimentos e passeios são resultado de minha opinião pessoal.

Ficamos hospedados no hotel Arden City, que nos havia sido indicado por uma amiga.

Gostamos muito, especialmente pela localização, praticamente a dois quarteirões do Palácio Topkapi e do Blue Mosque (Mesquita Azul). A única ressalva que tenho a fazer é a respeito do tamanho da acomodação, bem pequena para ocupação dupla.

 

Fatos curiosos

 

Sem a menor ideia, cheguei à Turquia no primeiro dia de um feriado religioso que duraria exatamente o período da nossa estadia (no caso, de 25 a 29 de outubro de 2012).

Achei bem interessante ver os muçulmanos festejando um evento importante para eles, o Kurban. Nesses dias, as mesquitas ficaram lotadas de pessoas que iam especificamente para fazer suas orações.

Em um clima harmonioso e calmo, gente de várias etnias, com maneiras muito peculiares de se vestir e se comportar, exerciam sua fé.

Outra coisa que me chamou muito a atenção: os motoristas são bem imprudentes. Não vi ninguém usar cinto de segurança, nem o motorista.

Também não vi o pessoal usar a seta para indicar que iria virar… enfim, só uma constatação. Talvez eu esteja mal acostumada por dirigir na Holanda.

Deslocamentos pelo centro histórico de Istambul

 

Sempre que é possível, priorizo andar a pé o máximo possível: é a melhor maneira de “me perder” e achar lugares incríveis que eu de repente nem teria imaginado que existissem… mesmo que isso implique andar dez quilômetros num único dia.

Como Istambul é grande, resolvi pegar o ônibus de turismo local (no estilo do Hop On Hop Off). Optei por esse pois também incluía, além de duas rotas diurnas, uma rota noturna, para o lado de Istambul que fica na Ásia.

Contudo,  não achei tão vantajoso ou necessário assim, pois quase tudo que interessa ser visto fica a uma distância totalmente “caminhável”. Além disso, há trams espalhados por todo canto. Eu evito usar táxi, para não correr o risco de ser isca de espertinhos enganadores de turistas…

Por falar em Hop On Hop Off, a volta completa, sem descer, é estimada em uma hora. Pode até ser interessante para ter uma ideia geral da cidade, mas eu não achei que valeu tanto a pena. Tive vontade de descer apenas duas vezes: a primeira, em uma parte central chamada Taksim Square – onde fica a night life dos locais.

Em plena luz do dia, só me pareceu uma grande avenida movimentada, como as do centro do Rio ou de São Paulo. O “ponto alto” da parada foi engolir um lanche demorado no Mc Donalds, já que o intervalo dos ônibus é de 45 minutos e o próximo já estava chegando…

Desci também em frente à Yeni Camii (Mesquita Nova), mas não entrei, apesar de parecer bem suntuosa. É que ali fica, também, o Spice Bazaar (Bazar de Especiarias) e eu queria ver o que havia disponível. Originalmente, o local onde ele funciona, era um anexo da mesquita. Aquele lugar é uma muvuca geral: parece a 25 de Março em véspera de Natal… ou o Sahara, no centro do Rio de Janeiro … doideira total!

À frente da mesquita Yeni, ficavam os barcos que fazem cruzeiro pelo Bósforo, mas foi preciso ter paciência e atenção: era gente para todo o lado, o tempo todo… talvez por conta do feriado prolongado… Mesmo assim, planejei voltar para fazer um cruzeiro pelo estreito que liga o Mar de Marmara ao Mar negro.

Pontos de interesse em Istambul

Grand Bazaar (Grande Bazar)

 

O Grand Bazaar é, sem dúvida, um dos pontos mais marcantes da cidade. Uma estrutura gigantesca, que funciona desde o século XV e que abriga um labirinto de sessenta ruas e cinco mil lojas: é um dos maiores mercados cobertos do mundo! Fácil, fácil se perder lá dentro… mas é uma experiência deliciosa.

 

 

O local, que chega a receber até quatrocentos mil visitantes por dia, é uma ótima amostra do que é a cultura turca, já que ali você encontra “de tudo um pouco”… ou melhor, nada lá é tão pouco assim. Há uma variedade gigantesca de artigos de todos os tipos. Queira você joias, antiguidades, tapetes, vestimentas… você com certeza, vai achar algo que lhe interesse.

Há também muitos doces, especiarias, cerâmicas pintadas a mão,  objetos feitos de cobre, moedas antigas, infinitos modelos de narguile, lembrancinhas… enfim, com a quantidade de opções, o difícil vai ser sair de mãos vazias.

Mas atenção: não é muito comum você encontrar o preço nas peças.

É porque faz parte da cultura turca a negociação entre cliente e vendedor. Sempre haverá a possibilidade de barganhar; se você tiver paciência e for firme, pagará menos por qualquer coisa, com certeza. Afinal, concorrência é o que não falta por lá!

 

Lokum, o popular doce feito à base de maisena e açúcar.

 

Dicas Práticas:

Chegar ao Bazaar é muito fácil. Se você estiver nas imediações da Mesquita Azul, são cerca de quinze minutos de caminhada. Não tem como se perder, a cidade é bem sinalizada para o turista. Se você optar por tram, essas são as linhas que você deve pegar: Beyazit, Üníversíte ou Sírkeci.

O bazar funciona de segunda a sábado de 9:00 às 19:00. Não abre aos domingos e também em dias de feriado bancário. Eu não consegui visitá-lo quando estive lá durante o feriado religioso (em outubro de 2012). Ainda bem que em agosto de 2014 eu parei na cidade durante um cruzeiro e pude ir lá conferir esse local tão peculiar!

Ah, e a entrada é grátis… mas eu duvido que você saia de lá sem deixar umas liras turcas pelo caminho… Euros também são aceitos sem problema, mas convém ficar esperto à taxa de conversão aplicada pelos lojistas.

 

Prefira o trajeto a pé: muito mais divertido!

 

Blue Mosque (Mesquita Azul)

 

A linda construção, que pode ser vista à distância por conta de seus seis minaretes, teve sua construção iniciada em 1609 e levou sete anos para ficar pronta.

Ela foi idealizada para rivalizar com a Hagia Sophia e é um exemplo perfeito da arquitetura otomana. Seu interior é decorado ricamente com milhares de azulejos nas cores azul e branco, motivo pelo qual recebeu o nome de Mesquita Azul.

 

 

É proibido entrar na Mesquita Azul com calçado – há sacolas descartáveis disponíveis na entrada para que você os guarde.

Mulheres devem cobrir a cabeça, mas não se preocupe: se você estiver sem um xale ou echarpe, poderá pegar um emprestado.

Roupas curtas também são proibidas: mais uma vez, eles zelam pelo decoro e dão mostra de muita organização: eles fornecem saias longas (com cintura de elástico) para que as mulheres vistam por cima da própria roupa. Tudo sem custo. Achei muito civilizado: ninguém precisa deixar de visitar por estar desprevenido.

 

 

Dicas práticas:

Endereço: Hippodrome, Sultanahmet. Para chegar lá, você pode pegar um tram e descer na parada Sultanahmet.

As visitas podem ser feitas diariamente entre 9:00 e 16:00, mas durante os períodos de oração, pode ficar um pouco restrita. A entrada é gratuita, mas você pode fazer uma contribuição ao final da visita (e recebe até um comprovante, se o fizer).

 

Basílica Cistern

 

A origem do nome deve-se ao fato de o local ter sido outrora uma praça onde ficava uma grande basílica. Anos mais tarde, uma estrutura subterrânea de quase dez mil metros quadrados foi construída para ser uma cisterna, que abasteceu, entre outros pontos, o Palácio de Topkapi.

O nome correto do local é Yerebatan Sarnici e eu paguei 10 liras turcas para entrar (valores de outubro de 2012). É a maior cisterna antiga existente no país.

 

 

O local é bem interessante, principalmente se você lembrar que o lugar em que você se encontra foi, outrora, totalmente preenchido com água (cerca de oitenta mil metros cúbicos, para ser mais exata!).

Além disso, eu a visitei justamente na época em que a novela “Salve Jorge” estava passando. E a abertura da mesma foi filmada naquelas galerias.

E ela também aparece em uma das cenas de um filme de James Bond (“From Russia with love” de 1963 – em Português, o título é “Moscou contra 007”); mais recentemente, no vídeo game “Assassin’s Creed:Revelations”(2011) e no livro “Inferno” de Dan Brown… não é um cenário a ser ignorado.

 

Dicas práticas:

 

Procure chegar cedo: as filas de manhã são pequenas (eu nem fila peguei!) e à tarde tudo fica lotado por lá… Aliás, ele é quase em frente ao Palácio Topkaki.

Então você pode decidir qual dos dois visitar primeiro por conta das filas… mas não deixe de maneira alguma de entrar.

Eu voltei lá em 2014, numa parada de cruzeiro, e meus filhos (na época com 16 e 18 anos) também acharam bem interessante.

Arasta Bazaar

 

É um bazar no estilo turco, escondidinho mas frequentado pelos locais, que fica nas proximidades do Palácio Topkapi. Pode até passar despercebido, mas vale a pena procurá-lo (há placas indicativas).

Eu achei um café/restaurante chamado “Meşale” com música ao vivo e resolvi voltar lá à noite para conferir um show típico turco.

Na verdade, é mais uma cerimônia religiosa, em que o Dervixe (um homem com roupas brancas e um chapéu na cabeça parecido com um grande dedal) fica rodopiando em sentido anti-horário, ao som de música típica, a fim de atingir a iluminação espiritual.

Nesse ritual, fiéis podem girar por horas e horas, entrando num êxtase profundo que os livra das dores diárias, purifica-lhes a alma e enche-os de amor.

Famílias inteiras se reúnem para assistir ao espetáculo, enquanto fumam, coletivamente, com um Narguile.

Curioso: havia alguns casais no recinto (que pareciam ser estrangeiros), mas a grande maioria dos grupos estava dividida da seguinte forma: mulheres de várias idades e com crianças pequenas em umas mesas, e grupos compostos somente por homens em outras.

 

 

Era uma sexta-feira e, certeza absoluta, a maior parte do público era local. Não havia bebida alcoólica disponível, pois o café encontrava-se próximo à Mesquita Azul (regra na Turquia – há uma distância mínima entre o local de oração e o de consumo de bebida alcoólica, sendo que muçulmanos também não bebem).

Para beber, uma boa alternativa é o típico chá de maçã, servido naqueles charmosos copinhos…

Bem, eu não fumo e achei que seria divertido experimentar o tal Narguile. Afinal, pareceu-me uma fumacinha inofensiva e com cheirinho de maçã.

Eu e meu marido ficamos um tempão por lá, desfrutando do ambiente e fumando o tal Narguile. Final de noite: os dois mega enjoados, passando mal até não poder mais! Hahaha! Mas pode ter sido o chá de maça, também!

 Hagia Sophia (Santa Sofia)

 

Essa linda obra de arquitetura bizantina foi construída no século VI para ser uma catedral e por mais de 900 anos foi a igreja mais importante do Cristianismo.

No século XV foi convertida em uma mesquita e funcionou como tal até 1934 quando, então, foi transformada em um museu.

 

 

Por conta dessa rica História, seu interior é constituído harmoniosamente por elementos das duas religiões: o Cristianismo e o Islamismo.

O resultado foi um belíssimo cenário composto de colunas em mármore, mosaicos bizantinos e inscrições feitas com a caligrafia islâmica. Fascinante!

Dicas práticas:

Funciona de 9:00 às 19:00 nos meses do verão (15 de abril a 01 de outubro) e de 09:00 às 17:00 nos meses de inverno (01 de outubro a 15 de abril).

Não estou doida: também percebi uma informação truncada aqui… mas são dados do site oficial do museu. Na dúvida, evite chegar depois de 16:00 nos dias 15 de abril e Primeiro de Outubro. É porque a bilheteria fecha uma hora antes do encerramento do expediente do museu.

O museu não abre às segundas-feiras e dias de feriado bancário. O ingresso custa 30TL (liras turcas), o equivalente a 10 euros (valores de fevereiro de 2015).

 

Topkapi Palace

 

Com vista privilegiada para o Bósforo, o Palácio Topkapi já foi a residência oficial de muitos sultões por quase 400 anos. Funcionava também como sede administrativa, já que o sultão realizava suas reuniões e tomava suas decisões nesse local.

 

 

Ao longo de sua História, o palácio chegou a abrigar quatro mil residentes, que incluía um harém com cerca de trezentas mulheres (entre esposas e concubinas) e crianças.

Preciso dizer que me hospedei a cerca de dois quarteirões do palácio e, ao passar por lá, avistei longas filas inúmeras vezes. Decidi visitá-lo cedo mas, ainda assim, não consegui ver tudo o que queria, por conta de filas gigantescas na entrada dos pavilhões e uma grande aglomeração na frente dos objetos e ambientes mais importantes. Foi impossível desfrutar da beleza do lugar com tranquilidade…

Outro fator decepcionante foi que, ao contrário de outros palácios que visitei (como Versalhes e Schönbrun , por exemplo), neste os aposentos apresentam basicamente a parte estrutural da arquitetura, sem grandes adereços ou mobiliário. Na maior parte dos ambientes, havia pouco mais do que alguns sofás, cortinas e estantes fixas.

Eu não pesquisei, mas fiquei curiosa em saber se outrora haviam outras peças de mobília ou se aqueles ambientes eram meio “crus” mesmo. Enfim, é interessante, mas eu esperava mais. Além disso, o ingresso só dá direito a visitar algumas alas do complexo. Se você quiser visitar o harém, vai ter que pagar à parte… por conta das filas, acabei desistindo desse setor do palácio.

 

Dicas práticas:

 

Endereço: Topkapi Sarayi Sultanahmet. Para chegar lá, você pode pegar um tram e descer na parada Sultanahmet.

Aberto diariamente de 09:00 às 17:00 (com exceção de terça-feira).

O ingresso custa 30 liras turcas (cerca de 10 euros), mas não incluí o harém (adicional de 15 liras turcas).

Cruzeiro pelo Bósforo

 

Eu sempre gosto de fazer esses passeios aquáticos, pois é uma forma de ver a cidade sob uma outra perspectiva. O passeio pelo Bósforo dura cerca de duas horas e é bem interessante.

É uma chance de ver as antigas muralhas da cidade, os monumentos históricos, as lindas casas dos endinheirados de Istambul (sim, morar em uma daquelas casas enormes e com uma vista tão privilegiada, deve ser para muito poucos!).

É, também, uma opção barata de lazer: paguei, na época, 10 liras turcas (cerca de €3,50).

Uma dica: mesmo em dias quentes, tenha um casaco leve ou jaqueta windproof (à prova de vento), pois você vai precisar.

 

Um passeio pelo Bósforo é uma ótima alternativa para ver Istambul sob uma nova perspectiva…

Hum… pega turista em Istambul!

 

Turista está sempre exposto a “cair numa roubada”, mesmo que a situação não esteja envolvendo perigo ou aborrecimentos. Caímos em uma “cilada” sem grandes consequências mas, definitivamente, chata e desnecessária. Explico: quando optei pelo transporte local de Hop On Hop Off, o desempate foi o tour noturno ao lado asiático de Istambul.

Pois bem, o tal “passeio” acabou se mostrando uma total perda de tempo, uma vez que após ficar maid de uma hora dentro do ônibus, para chegar ao “outro lado”, o motorista nos pediu para descer e avisou-nos que voltaria dali a cerca de uma hora para nos levar de volta ao ponto de partida.

Tudo o que havia nessa colina onde fomos deixados era um bar, arrumadinho, grande, com uma vista bonita (devo dizer) beleza… mas sem opções de comida (havia apenas uns amendoins e azeitonas de tira-gosto!) e com pouca opção de bebida (café, chá e algumas opções não alcoólicas). Resumindo: hora do jantar e sem opções de sair dali, já que estávamos “entre nada e lugar algum”… era visível a contrariedade dos outros passageiros que, assim como nós, ficaram reféns no lado oriental…

Conclusão: fui achando que veria algo diferente, talvez surpreendente e tudo que vi, foi uma região residencial e erma (pelo menos no ponto em que eu me encontrava). Tudo isso acompanhado, claro, de uma profunda constatação de que fui feita de boba!

 

Temperaturas (nem sempre) amenas…

 

Na primeira vez, visitei a cidade no mês de outubro. Portanto, em pleno outono. As temperaturas se mantiveram agradáveis nos quatro dias que passei lá. Somente à noite precisei usar uma jaqueta de couro leve.

Na segunda vez, parei em somente por algumas horas, pois estava fazendo um cruzeiro. Em pleno verão europeu, as temperaturas estavam dignas de Rio de Janeiro… um sol de rachar!

Difícil para ficar em longas filas para entrar nas principais atrações. Na visita anterior, eu havia achado que a cidade poderia estar lotada por conta de ser um feriado prolongado.

Bem, nessa segunda ida, a cidade estava em polvorosa do mesmo jeito… deve ser quase sempre assim.

Afinal, ela consta das top five (as cinco mais visitadas do mundo). Ainda assim, eu iria até lá novamente, pois apesar da multidão, tudo é bem organizado e pacífico. É preciso apenas ter paciência para aguardar a sua vez.

 

Que fome! Onde comer em Istambul?

 

Bem, quem está familiarizado com os meus posts, sabe que eu não sou de esbanjar muito com comida (nem em quantidade, nem em quantia!) de modo que eu procuro experimentar a culinária local, descomplicada e prática.

Durante o dia, não gosto de perder tempo sentada em um restaurante, aguardando uma refeição “pesada” ou demorada… como pouco e rápido para partir pra próxima atração (naquele esquema Disney, sabe como é?!) Nesse quesito, não fiquei desapontada… adoro um kebab e eles são encontrados aos montes, em todo lugar, bem preparados e baratos.

À noite, na região da Sultanahmet (onde fica quase tudo que a gente quer ver), há muitas opções de restaurantes com preços bem razoáveis.

Em suma, comer em Istambul não é nem um pouco um problema. A comida é gostosa, o atendimento é cordial e a conta não causa indigestão!

Outra coisa bem legal: para brasileiros que vivem no Brasil (e que portanto, ganham em Real), os custos na Turquia são muito atrativos.

A relação da moeda é quase que um para um. Exemplificando: 10 liras turcas equivalem a pouco mais de 11 reais; ou seja, não dói tanto no bolso quando chega a fatura do cartão no mês seguinte.

Saca a cara de felicidade do faminto cidadão mediante ao pão típico recém saído do forno!

Meu material de reflexão na volta para casa…

Viajar não é só conhecer lugares novos e conhecer outras culturas, muitas vezes, bem diferentes da nossa. É, também, constatarque as pessoas têm percepções e comportamentos que podem não ser, necessariamente, os nossos.

E quem nem por isso são piores ou inadequados ou qualquer outro adjetivo que pensemos em usar em um pré-julgamento.

Como disse antes, eu tinha uma curiosidade enorme em conhecer a cultura turca (ou talvez, o aspecto muçulmano da cultura) por conta do que vejo, do que leio, das impressões que tenho.

Voltei muito feliz ao constatar que as pessoas (em especial, as mulheres – alvo constante das minhas indagações ou preocupações) parecem ser genuinamente felizes. Cada qual com sua crença e seu modo de ver a vida.

Gostei demais do povo: respeitoso, amável no trato com os turistas, sempre apresentando aquele ar de quem trabalha com satisfação.

Não raro, tive a impressão de que os negócios por lá são conduzidos no âmbito familiar (ou bem de perto pelo dono), o que parece ser a explicação da dedicação ao trabalho e ao bom atendimento ao cliente.

Gostei também de conhecer novos sabores… entre eles as inúmeras variações de Lokum, um doce típico que parece uma jujuba com recheio de pistache, vendida em formato de quadradinhos e envolta em uma farinha branca doce.

Não é açucarada demais e você encontra à venda em todo o canto, seja a granel ou em caixinhas… Ah, e o chá de maçã… que é muito gostoso!

Vai lá conferir, você pode até não gostar do doce ou do chã… mas não ficará indiferente ao charme e à vibração dessa cidade encantadora! Próxima parada turca? Espero que a Capadócia!

 

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