Conhecer Budapeste em uma curta estadia de 2 dias exige planejamento e boa administração do tempo. Entretanto, é possível visitar as atrações mais importantes da bela capital da Hungria e desfrutar da excelente gastronomia húngara.
O triângulo mágico
Nunca consegui incluir Praga, Viena e Budapeste em uma mesma viagem. Contudo, tenho uma tendência a dizer que se eu tivesse que escolher apenas uma (agora que já visitei as três), ficaria com Praga.
Porém, isso é uma opinião muito pessoal. Talvez baseada no fato de que lá estive duas vezes e que, portanto, tive mais tempo para explorar a cidade.
Programei a visita a Budapeste para um fim de semana, começando na sexta à tarde e terminando no domingo de manhã.
Pouquíssimo tempo na cidade, mas foi o que deu, pois meu marido só podia tirar um dia de férias.
Então, lá fomos nós para a maratona de curtir o que fosse possível em um final de semana relâmpago.
Tudo o que você precisa saber para organizar sua viagem à Hungria
Para brasileiros, não é necessário visto de turista para ingressar na Hungria, se a visita for inferior a três meses. Basta ter um passaporte válido.
Budapeste é a capital da Hungria, cujo idioma é o Húngaro. Em lugares turísticos, será relativamente fácil encontrar alguém que fale o Inglês, mas não é algo tão comum nos pequenos estabelecimentos.
Para falar a verdade, até em um McDonald’s, e sendo atendida por jovens, houve dificuldade de comunicação. Então, prepare-se para usar o recurso da mímica.
Assim como a República Tcheca, a Hungria possui sua própria moeda, que é o florim húngaro.
Contudo, se você não tiver dinheiro vivo em moeda local, não se preocupe.
Logo no aeroporto, e bem próximo ao guichê onde são vendidos os bilhetes de ônibus, há caixas eletrônicos.
Ali você poderá sacar dinheiro húngaro usando seu cartão de crédito ou de débito internacional.
Budapeste é dividida pelo Rio Danúbio, que corta a cidade de norte a sul. De um lado, fica Buda e do outro, fica Peste.
O primeiro é mais residencial e é, também, onde se localiza a parte mais histórica da cidade.
O segundo é mais moderno e, também, o ideal para se hospedar, por conta da oferta de restaurantes, entretenimento, compras etc.
Como chegar a Budapeste?
Muita gente que faz o “triângulo VBP” chega a Budapeste de trem. Entretanto, eu e meu marido chegamos a Budapeste de avião em um voo da minha parceira KLM com duração de cerca de duas horas a partir de Amsterdã.
O Budapest Ferenc Liszt International Airport é muito organizado e bem sinalizado. Também não é muito grande, de modo que encontrar meios para chegar ao centro é bem tranquilo.
Como ir do aeroporto ao centro de Budapeste?
Há várias formas de acessar o centro de Budapeste a partir do aeroporto. De modo que você pode escolher de acordo com o seu perfil de viajante e o seu orçamento de viagem.
O primeiro que você vai ver, logo que passar pelas esteiras para recolhimento das bagagens, é um guichê oferecendo táxi coletivo para o centro da cidade.
Na verdade, é um sistema de vans que acomoda os passageiros que irão para regiões próximas, diminuindo o custo individual.
Não se preocupe, porém, se você não notá-lo. Assim que você passar pelo portão de chegada, haverá um outro guichê, imediatamente à sua esquerda.
Transfer privativo
Uma alternativa viável e que funciona muito bem, especialmente se você estiver viajando com outras pessoas, é um transfer privativo.
Esse tipo de transporte oferece a comodidade de não ter que fazer um pinga-pinga entre hotéis e que tem um custo diluído entre os integrantes do grupo.
Como o aeroporto de Budapeste fica distante do centro, um transfer privativo acaba sendo uma opção bastante conveniente e, de certa forma, econômica. Ainda mais se você considerar que em uma viagem pela Europa, tempo perdido também é dinheiro jogado fora.
A minha parceira Civitatis oferece a opção de transfers privativos com carros para 4 pessoas ou vans para 8 pessoas. Aproveite e faça uma cotação.
Afinal, nada como ter alguém no portão de desembarque segurando uma plaquinha com o seu nome. Melhor mensagem de boas-vindas não há!
Transporte público
Se você optar pelo transporte público para percorrer Budapeste, terá a facilidade de comprar um bilhete válido por 24 horas e já começar a usá-lo.
Você vai encontrar o guichê de venda do lado direito do portão de chegada. Não tem como errar. O bilhete passa a valer no momento em que é emitido e custa cerca de 10 euros (valores de abril/2016).
No nosso caso, fizemos as duas coisas: compramos os tíquetes para o transporte público mas compramos, também, os tíquetes para o shuttle, que custaram 8 euros cada.
Poderíamos ter economizado indo para o centro de Budapeste com o ônibus comum, mas queríamos ganhar tempo.
Afinal, teríamos apenas um final de semana na cidade e a distância entre o aeroporto e o centro da cidade é de cerca de 20 quilômetros.
Então, achamos melhor pagar “duas vezes” pelo mesmo trajeto do que, talvez, perder o dobro do tempo no deslocamento.
Ainda assim, acho que foi uma economia porca, e que eu deveria ter optado por um transfer privativo, pois a economia não compensou o tempo perdido no trâmite de esperar por outros passageiros.
Budapest Card
Caso você não se sinta muito confortável em ter que chegar e comprar um cartão para o transporte público depois de uma longa viagem, há a possibilidade de adquirir o Cartão Budapeste.
Você ainda pode facilitar a sua vida comprando antecipadamente o seu Cartão Budapeste, que lhe dará acesso irrestrito e ilimitado aos meios de transporte público da cidade.
Além disso, esse cartão garantirá a você gratuidades ou descontos para várias atrações turísticas.
E o melhor dos mundos: comprando pelo banner aqui do Turista FullTime, você paga em Reais e ainda dá aquela forcinha pro blog sem pagar a mais por isso!
Como usar o transporte público em Budapeste?
Budapeste é bem servida com relação às linhas de metrô, trams (bondes) e ônibus.
A cidade tem o mais antigo metrô da Europa Continental e o segundo mais antigo do mundo. Perde só para o de Londres . E funciona muito bem, obrigada! Falarei sobre ele mais tarde, pois merece um destaque!
Ônibus e bondes também são super descomplicados, apesar dos nomes diferentões que aparecem nos painéis! Mas, nada que um bom mapa ou aplicativo para celular não resolva.
Agora, se você não quiser se preocupar com nada, embarque em um ônibus turístico Hop On – Hop Off e já passeie entre um ponto e outro, sem medo de se perder pelo caminho.
E você ainda vai ouvindo as curiosidades do lugar entre um ponto e outro em Português. Facilite sua vida, comprando AQUI o seu bilhete para usar à vontade este recurso.
Onde se hospedar em Budapeste?
O atendimento da equipe foi amigável e cordial. O café da manhã estava com ótimo preço e com boas opções. Nada a reclamar sobre o quesito acomodação.
Aliás, fiz a reserva com o meu parceiro Booking.com, que posso garantir que é super confiável. Se você também estiver indo para Budapeste, pode fazer sua reserva por aqui mesmo.
Não vai pagar custo extra algum e o Turista FullTime ainda vai receber uma pequena comissão. Dessa maneira, você ajuda a manter o blog, que não conta com patrocínios.
O que fazer em Budapeste em 2 dias?
Budapeste tem muitas opções de lazer, que atendem a todos os gostos e bolsos. Há, porém, alguns monumentos e lugares imperdíveis.
Como mencionei antes, eu tinha pouquíssimo tempo e procurei priorizar o que, para mim, seria essencial.
Normalmente, descrevo um a um os pontos turísticos, mas desta vez, farei diferente.
Primeiro, compartilharei o meu roteiro maratonão para cumprir tudo o que eu queria ver em um dia e meio.
Depois, fornecerei as informações práticas de cada ponto visitado.
Circuito de meio dia em Budapeste
Como chegamos na sexta-feira por volta de 1:00 da tarde, não perdemos tempo. Fomos para o hotel, deixamos as malas e comemos um lanche rápido.
Redes famosas são a melhor coisa nessa hora; peça pelo número, engula e levante o acampamento!
Em seguida, já pegamos o metrô para ir até a parte Buda, que é onde fica o Castelo de Buda.
Não fomos com o intuito de entrar no museu (bem que eu queria, com mais tempo livre), mas de ter uma noção da parte moderna da cidade, vista pelo lado antigo.
Uma perspectiva bem interessante, pois do alto da colina, foi possível ver a imensidão do rio, a beleza de suas pontes e o Parlamento Húngaro.
Enfim, fizemos um bom reconhecimento do que seria (vastamente) percorrido no dia seguinte.
Como chegar ao Castelo de Budapeste?
Optamos por não usar o funicular que liga a parte baixa ao topo da colina. Não é uma subida tão elevada assim. Aliás, subir até o Castelo de Praga exige muito mais fôlego.
Ainda assim, se você optar por utilizá-lo, é possível comprar o tíquete no local. A subidinha de Budapeste é bem tranquila pra quem não está com problemas de locomoção. E pra descer, todo santo ajuda!
Atravessamos a Ponte das Correntes e andamos pelo calçadão do rio até chegar à parte da cidade onde fica a Váci Utca, a mais famosa rua de comércio em Budapeste.
Lá ficam, também, boas opções de hospedagem e restaurantes. Aliás, eu recomendo essa área para a escolha do hotel, pois é bem mais turística (e bonita) comparada a de onde nos hospedamos.
Foi muito agradável percorrer o lado de Buda, passar pela Ponte das Correntes e ir explorar o lado moderno da cidade.
Acho que para um período curto, foi um bom reconhecimento.
Circuito de dia inteiro em Budapeste
Bem, foi preciso organizar minuciosamente o roteiro, para aproveitar Budapeste ao máximo e com o mínimo de cansaço possível.
Para isso, já saí de casa com os tíquetes para a visita ao parlamento húngaro. Havia comprado on-line, pois sabia que assim garantiria o horário da visita.
Parlamento húngaro
Começamos o nosso tour às 10:00 da manhã. Eu tinha agendado a opção em Inglês, mas vi que também havia uma visita guiada em Francês e outra em Alemão. No nosso grupo, eram 30 pessoas.
Para entrar no prédio do parlamento, tivemos que passar por um esquema de segurança idêntico ao de um aeroporto.
A visita, com cerca de uma hora de duração, foi extremamente interessante. Nossa guia nos contou, com entusiasmo, os fatos históricos e os detalhes arquitetônicos do lugar, que é encantador!
O Parlamento é um ponto turístico bem concorrido e para garantir a visita, é prudente já chegar com o ingresso em mãos, pois somente visitas guiadas são permitidas e há limite de visitantes por grupo.
Os tours acontecem em vários idiomas, mas sem opções em Português (Inglês e Espanhol estão disponíveis).
O Turista FullTime, em parceria com a Civitatis, disponibiliza a venda descomplicada e em Português. Além disso, você pode pagar em Reais e com seu cartão de crédito nacional. Então, aproveite e já garanta o seu ingresso!
Memorial às margens do rio Danúbio
A composição reúne sessenta pares de sapatos confeccionados em ferro, seguindo o estilo usado nos anos 1940 e são um tributo às vítimas do holocausto.
Uma parada para reflexão e respeito aos que perderam suas vidas durante um período da História da humanidade que ninguém esquecerá.
Basílica de Santo Estevão
Aqui vai um fato curioso: na entrada da capela, há a indicação do que será visto, mas que passa despercebida por muita gente.
As pessoas chegam próximas à redoma (que não está iluminada) e não sabem exatamente o que esperar.
Há, ao lado, um recipiente onde pode ser colocada uma moeda de 200 HUF (cerca de €0,60) que aciona o mecanismo de iluminação por dois minutos.
Aí é possível perceber que trata-se da mão mumificada do rei Estevão I da Hungria.
Quando chegamos, não tínhamos uma moeda para ver a mão. E eu fui até lá com esse objetivo! Então, tivemos que esperar pacientemente que alguém fizesse a gentileza.
Não subimos até a cúpula, pois o tempo era escasso, mas vimos pessoas caminhando por lá. Teria sido interessante, eu acho.
A esta altura, já estávamos com fome e resolvemos conferir o Mercado Central, sobre o qual havia lido boas referências em outros blogs de turismo.
Pegamos o bonde de número 2, que margeia o Danúbio, e descemos na parada Fővám tér M (bem em frente à ponte) e andamos os 400 metros que faltavam até lá.
Mercado Central de Budapeste
Honestamente? A maior decepção da viagem!
Esperávamos encontrar um mercado nos moldes dos de Madri ou de Florença , mas o que achamos foi um lugar abarrotado e com poucas opções de comida.
Além disso, as poucas mesas que haviam por lá estavam em um corredor do segundo piso, estreito e de difícil circulação, posicionadas de frente para os locais em que os pratos eram vendidos.
Em pleno sábado, foi uma tarefa quase impossível abrir passagem para poder, finalmente, sair da área alimentícia.
Apesar da fome desesperadora (àquela altura!), saímos de lá em busca de um lugar menos tumultuado para comer.
Importante ressaltar: o local tem uma grande oferta de produtos frescos e deve ser muito bom para quem vai em busca de ingredientes para cozinhar em casa.
Também pode ser interessante para quem vai em busca de lembrancinhas turísticas. Agora, com relação ao potencial gastronômico, achei a viagem perdida.
Veja, porém, que essa é uma opinião muito pessoal, baseada em uma única visita. Pode ser que eu tenha dado um tremendo azar e que em uma outra ocasião, eu pudesse ter vivido uma experiência diferente.
Depois de comer um sanduíche em uma lanchonete na Váci Utca, pegamos o metrô para ir até o Museu do Terror.
Museu do Terror
O Museu do Terror, só pelo nome, poderia passar por uma atração lúdica para jovens em busca de emoções com o sobrenatural e afins.
Na verdade é um local para contar à humanidade as cinco décadas de repressão e ditadura que precederam a transição política húngara, em 1989.
Primeiro, o edifício foi a sede do partido Ultra Direita Nazista na década de 1940. Depois, passou a ser ocupado pela Segurança de Estado (uma versão húngara da KGB) durante o regime comunista.
O porão do edifício funcionava como um presídio, onde muitos foram interrogados e mortos nos anos obscuros dos dois regimes ditatoriais.
O museu, que reúne depoimentos de sobreviventes, assim como artefatos, armas, uniformes e mobília relativos a cada gestão, é um tributo às vítimas que ali padeceram.
Da mesma forma, que é um legado para o futuro, para que regimes de terror não voltem a acontecer.
Muito mais que um museu: um memorial
Importante ressaltar que o audio-guide é fundamental, pois sem ele, perde-se muita informação.
Todas as peças e salas têm alguma explicação por escrito e contam, também, com recurso áudio-visual Entretanto, acho que para aproveitar melhor a visita, o ideal é contar com o áudio.
Hungarian Opera House
Andar pelas ruas de Budapeste nos remete a um passado majestoso e, ao mesmo tempo, refletir sobre os impactos que mais de 50 anos de tempos políticos difíceis fizeram ao país.
Apesar de os monumentos e prédios públicos estarem muito bem conservados, a cidade em si parece, de fato, estar se recuperando dos tempos árduos da ditadura.
Daí que o transporte público completa esse cenário. Algumas linhas de ônibus, bondes e metrôs parecem ter saltado de um filme antigo. Ainda assim, são funcionais e confiáveis.
Usamos o bonde que margeia o Danúbio (que é super charmoso) e pegamos a linha azul de metrô para ir ao aeroporto. Foi muito interessante estar em um vagão tão “vintage”!
Algo que não pudemos deixar de notar foi a quantidade de pessoas morando nas ruas.
A estação de metrô próxima ao nosso hotel, servia de moradia para, pelo menos, uma dezena deles. E não parecia ser algo tão temporário. Muitos tinham colchão e tudo por lá. Uma cena infinitamente triste.
Ainda mais quando você se lembra de que está ali a passeio, gastando com supérfluos, quando muitos não têm para gastar com o básico.
Ainda assim, não nos sentimos intimidados. Mesmo ao passar tarde da noite por lá.
Medidas de segurança em Budapeste
Um fato um pouco mais alarmante, durante toda a nossa visita a Budapeste, foi a presença de homens na rua tentando vender Iphones “usados” em plena luz do dia.
Fomos abordados duas vezes, e presenciamos o mesmo com outros turistas. É preciso ter cuidado com eles.
A maior concentração deste “comércio” acontece, principalmente, na Váci Utca e na praça em frente ao Mercado Central.
Um detalhe para facilitar sua vida: tenha moedas para usar os toaletes, pois eles são cobrados até mesmo dentro de museus. Os valores giram em torno de 150 a 200 florins húngaros.
O saldo da viagem a Budapeste
Gostamos muito de Budapeste. É, certamente, uma cidade lindíssima, que deve constar de qualquer lista do viajante que gosta de aliar entretenimento à cultura. Eu voltaria, sem a menor dúvida.
Aliás, é um plano, já que faltou tanta coisa para apreciar. Quem sabe fazendo finalmente o sonhado “triângulo” do qual tanto já falei?
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