Você já parou pra pensar que cada prato apresentado a você é o resultado de um árduo trabalho em equipe? Que a cada vez que você saboreia algo em um restaurante, hotel ou navio de cruzeiro, há um contingente de pessoas trabalhando harmoniosamente para lhe proporcionar uma boa experiência? Foi pensando nisso que resolvi pedir autorização para visitar os bastidores de uma  cozinha de hotel.

Eu sou um ser de pensamento inquieto e curiosa por natureza! De modo que, após algumas semanas vivendo no Novotel Praia da Barra, aqui no Rio de Janeiro e frequentando diariamente o mesmo restaurante, comecei a notar a movimentação dos funcionários, o cuidado com os mínimos detalhes e resolvi procurar o gerente do hotel, Sr. Bruno Cruz a fim de pedir autorização para fazer uma visita aos misteriosos bastidores do hotel.

Feijoada de sábado com a querida Alana Almeida, que me recepciona no café da manhã sempre com um largo sorriso!

Mostrei-lhe um projeto em que explicava o objetivo da minha pesquisa e ele prontificou-se a me ajudar. Sem a pretensão de fiscalizar, até porque não tenho formação de Hotelaria, pedi para visitar as áreas de trabalho do hotel.

A ideia era compartilhar com meus leitores o lado que ninguém vê mas que, se não estiver funcionando perfeitamente, todo mundo nota. Começou aí a minha incursão pelas áreas restritas aos funcionários do hotel.

Visita aos bastidores do hotel

Na companhia do chef, Sr. Felipe Martins, tive acesso não só à cozinha, mas a outros setores, como a lavanderia…

O refeitório dos funcionários, a sala de recreação e descanso, a sala de separação de lixo reciclável, entre outros. Foi uma experiência extremamente interessante!

Em uma visita de pouco mais de uma hora, pude matar a curiosidade e aprender um pouquinho sobre a dinâmica necessária para que o hóspede tenha a estadia mais satisfatória possível. Claro que a maior ênfase foi dada à cozinha, um setor que é de fundamental importância e que, normalmente, gera muita expectativa ao hóspede.

Bastidores de uma cozinha de hotel

Eu estava particularmente interessada neste setor específico, pois nesta estadia de mais de cem dias, o serviço de restaurante é o que eu acabo utilizando mais. Eu tenho uma política de sempre citar o lado bom de tudo que experimento e desde o primeiro café da manhã, fiquei impressionada com a  variedade e qualidade das frutas, pães e bolos. De modo que achei que seria muito pertinente focar neste aspecto.

Eu nem imaginava metade dos procedimentos que são necessários para aferir se está tudo conforme as normas de qualidade e segurança dos alimentos! Eu já havia notado que há um controle feito pelas nutricionistas que coletam, rotineiramente, amostras de tudo o que é servido aos hóspedes.

A nutricionista Érika Mendes em plena ação!

Só não podia supor que teria um lugar específico para acondicionar todo o material coletado e que eles são mantidos por 72 horas em caso de alguma amostra precisar ser encaminhada para análise.

Além disso, soube de outras particularidades como, por exemplo, que existe uma sala exclusiva para confecção de pães e bolos e que existem cores diferenciadas de tábuas para cortar todo tipo de alimento.

Investimento em saúde e qualidade de vida

Bem, além da visita propriamente dita, o atencioso chef me explicou vários detalhes relacionados à elaboração do cardápio e  à capacidade do restaurante (que chega a receber até 300 pessoas no café da manhã em alta temporada).

Além disso, ressaltou o cuidado destinado a hóspedes com necessidades específicas (como menu sem glúten ou vegano, por exemplo) e até a dinâmica de uma refeição mais tradicional, como a feijoada de todos os sábados.

A área light da feijoada…

Aliás, aqui eu vou ter que me derreter em elogios: além de deliciosa, ainda conta com música ao vivo de excelente qualidade. Recomendo, mesmo. Até para quem mora na cidade e quer um almoço diferente e animado.

Todos os sábados, show com o Trio Tupi…

Além de todo esse cuidado que é notado imediatamente, fiquei sabendo também, por intermédio do Sr. Bruno Cruz, que cada vez mais o Novotel e outros hotéis da Rede Accor estão optando por produtos orgânicos, hortas in loco e projetos sustentáveis.

Achei isso o máximo, pois muitas pessoas já têm dado importância a esse diferencial que garante uma melhoria da saúde e da qualidade de vida. Palmas para o suco verde detox (delicioso!) que tomo todas as manhãs!

Suco verde: companheiro inseparável do meu breakfast!

Pequenas engrenagens que precisam funcionar muito bem

Eu não sei se todo mundo que se hospeda em hotéis presta atenção a todos esses detalhes. Eu, confesso, sempre pensei no todo, sem parar pra refletir muito sobre as partes que o compõem. Acho até que é natural pensar assim.

Normalmente, quando você se hospeda por um curto período, sua atenção está voltada para outras coisas, seja a lazer ou a trabalho. Agora, quando você passa a ter mais contato com as pessoas, e permanece um período maior em um hotel, não há como não refletir sobre as engrenagens necessárias para que tudo funcione bem.

A volta pra casa…

Óbvio que a situação que vivo hoje não é tão comum, talvez nunca mais aconteça comigo e nem acontecerá na vida da maioria das pessoas. Permanecer por um período tão prolongado em um hotel é exaustivo e desafiador, como eu já contei em outro post e eu não vejo a hora de voltar a ter uma rotina doméstica.

Mas confesso: vou sentir saudade dos pratos elaborados nas dependências que visitei. Vai ser difícil não querer passar por aqui de vez em quando pra conferir se tudo continua igual… ?

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Categorias: Vida no Rio

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16 thoughts on “Os bastidores de uma cozinha de hotel”

  1. Oi Re, amei seu post, pois antes de fazer faculdade aqui na Holanda fui garconete no novotel de Amsterdam e tb tinha orgulho desse trabalho. Eles sao bom mesmo e o post ficou 10 bjs

    1. Oi, Bia! Fiquei muito feliz ao ler seu comentário! Que legal saber disso. Eu não tinha ideia! Parece ser uma ótima empresa para se trabalhar. Um beijão, minha querida! Muita saudade de você e de nossos passeios!

  2. adorei a ideia, eu penso nisso em vários hotéis ” como deve ser administrar um café da manhã ? já li o post e comentei

  3. Tem razão, como passei no máximo 20 dias em um hotel, nunca tive essa curiosidade, mas gostei muito das suas observações!

    1. Que legal, Clara Flach! Fico feliz que você tenha gostado do post. E 20 dias num hotel também é um período considerável… mas se foi de férias, seu foco era outro e é totalmente compreensível que sua atenção estivesse em outras coisas… 😉 Beijão!

  4. Adorei sua ideia, é interessante saber como funciona tudo até que chegue ao hóspede. Eu, às vezes, fico pensando como deve ser difícil administrar um “simples” café da manhã,envolve tanta gente ,né ? bom post

    1. Oi, Lilian! Muito obrigada pela sua leitura e comentário. Fico feliz que você tenha gostado do post!De fato, é um trabalho bem complexo e árduo, que muitos executam com muita dedicação e um sorriso no rosto. Um grande beijo!

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